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Estado de Minas MORTES

Brasil teve maior alta de mortes desde 1984 com a pandemia, aponta IBGE

As mortes no pa�s cresceram 14,9% em rela��o aos n�meros de 2019


18/11/2021 10:19 - atualizado 18/11/2021 10:47

População de Belo Horizonte andando na feira da Afonso Pena
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A pandemia de COVID-19 fez o Brasil registrar em 2020 o maior crescimento anual de mortes desde 1984, revelam as Estat�sticas do Registro Civil 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), divulgadas na manh� desta quinta-feira (18/11). Os �bitos cresceram 14,9% sobre os n�meros de 2019. J� os nascimentos tiveram queda de 4,7% no mesmo per�odo.

O levantamento do IBGE revelou tamb�m que o n�mero de casamentos teve, entre 2019 e 2020, uma queda hist�rica, de 26,1%. Foi a maior redu��o desde o in�cio da divulga��o dessas estat�sticas de registro civil, em 1974. Tradicionalmente, o n�mero de div�rcios tamb�m � divulgado como parte das estat�sticas. No entanto, por causa da pandemia, n�o foi poss�vel coletar a tempo esses registros. Por isso, sua apresenta��o foi adiada.

"Olhando para a s�rie hist�rica, nunca t�nhamos registrado altera��es t�o importantes de um ano para o outro", afirmou a gerente da pesquisa, Kl�via Brayner.

No ano passado, o Brasil registrou 1.513.575 mortes, 195.965 a mais do que em 2019. Tanto porcentualmente (14,9%) quanto em n�meros absolutos, foi a maior alta em 37 anos, segundo o IBGE. Todas as regi�es do Pa�s registraram aumentos. Os maiores foram no Norte (25,9%) e no Centro-Oeste (20,4%). O Nordeste tamb�m teve alta superior � m�dia (16,8%), seguido pelo Sudeste (14,3%) e o Sul (7,5%).

Embora a pesquisa n�o registre as causas diretas das mortes, o impacto da pandemia � claro. Dentre os �bitos extras ocorridos no ano passado, 99,2% foram por causas naturais. A maioria ocorreu entre os maiores de 60 anos, a faixa et�ria mais vulner�vel � covid. O trabalho mostra ainda que 73,5% das mortes aconteceram em hospitais.

"O IBGE n�o registra a causa da morte, mas olhando os registros do SUS, verificamos que as doen�as infecciosas, que normalmente aparecem em s�timo ou oitavo lugar como causa das mortes, no ano passado surgiram em segundo, abaixo apenas das doen�as do aparelho circulat�rio", explicou Kl�via.

A queda do n�mero de nascimentos entre 2019 e 2020, segundo os pesquisadores do IBGE, � expressiva, embora seja mais dif�cil de ser relacionada diretamente � pandemia. De acordo com o levantamento, o n�mero pode estar revelando atraso nos registros por causa do isolamento social, das restri��es da mobilidade e do fechamento dos cart�rios.

Uma queda maior do que esta foi registrada entre 2015 e 2016, atribu�da � epidemia de zika. Essa doen�a teve impacto espec�fico sobre as gestantes, uma vez que o v�rus poderia provocar o nascimento de crian�as com microcefalia. Na ocasi�o, o recuo chegou a 10% em Pernambuco, o estado mais afetado pela doen�a.

No caso dos casamentos, a queda dos registros foi a maior da s�rie hist�rica: de 1.024.676 em 2019 para 757.179 no ano passado. A redu��o foi igualmente registrada em todas as regi�es do Pa�s. Teve mais intensidade no Nordeste (27,8%), no Centro-Oeste (27,7%) e no Sudeste (27,3%). Segundo os pesquisadores, ligeiras quedas nos n�meros de uni�o v�m ocorrendo desde 2016. A ocorrida no ano passado, muito maior, estaria ligada ao isolamento social em decorr�ncia da pandemia, afirmam.

"Muita gente evitou as cerim�nias, por mais simples que fossem, por conta das aglomera��es", constatou Kl�via. "Foi um efeito direto da epidemia."


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