
audi�ncia com a crian�a, em 9 de maio, a ju�za fez uma s�rie de perguntas para que pudesse entender como a menina se sentia em rela��o � gravidez. “Eu queria saber como voc� est� se sentindo em rela��o � gravidez, me conta. T� bem? Sente dor? Tu sente dor do beb� mexer? Ele chuta?”, disse. Enquanto a ela negou qualquer dor.
Durante a Em seguida, Joana Zimmer tamb�m verifica se a crian�a sabia como engravidava, antes de ser estuprada. “Como foi a gravidez para voc�, querida? Tu sabia como engravidava? Sua m�e n�o tinha explicado?”, perguntou, enquanto a menina afirmou que n�o sabia.
Logo depois, ela ainda pergunta se a crian�a quer escolher o nome do feto. "Voc� tem algum pedido especial de anivers�rio? Se tiver, � s� pedir. Quer escolher o nome do beb�?", disse. "N�o", respondeu a menina.
A ju�za tamb�m quis saber se ela entendia o que se tratava a interrup��o da gravidez. “Veio escrito que voc�s queriam a interrup��o na gravidez. Sabe o que � interrup��o na gravidez?”, disse. “N�o”, respondeu a crian�a. “Para voc�, qual a expectativa que tem em rela��o ao beb�? Voc� quer esperar ele nascer, quer ver ele nascer?”, questionou a magistrada. “N�o”, refor�ou a menina.
Ado��o
Depois dos primeiros questionamentos, a ju�za apresentou a possibilidade de a crian�a ficar com o beb� por mais tempo. “Quanto tempo voc� aceitaria ficar com o beb� na barriga para a gente acabar de formar ele, dar os medicamentos para o pulm�ozinho dele ficar maduro e a gente poder fazer a retirada antecipada do beb� para outra pessoa cuidar se n�o quiser?”, perguntou. “Eu n�o sei”, ela respondeu.
“Voc� vai ao m�dico e vamos fazer essa pergunta a ele. Mas voc�, se estivesse tudo bem, se sua sa�de suportasse, tu suportaria ficar mais um pouquinho? Mais duas, tr�s semanas?”, insistiu a ju�za. “Sim”, ela respondeu.
“E depois que esse nen�m fosse retirado, da� tem como a gente preparar para o nenenzinho sobreviver. Nessas condi��es, voc� aceitaria que a gente entregasse para um outro casal ser pai e m�e do beb�?”, refor�ou. A menina concordou. “Voc� n�o tem interesse em ficar com o beb�?”, voltou a questionar a ju�za. E novamente a menina negou.
Depois disso, a magistrada ainda afirmou que caso ela fizesse o aborto, mataria o beb�. “Teu beb� j� est� completo, j� � um ser humano. Ele j� est� com quase seis meses, tem beb�s que nascem at� antes e ainda sobrevivem. O que a gente queria ver se tu concordaria era de que a gente mantivesse mais duas semanas na sua barriga. Para ele ter a chance de sobreviver mais, precisa tomar os medicamentos para o pulm�o se formar completamente”, disse.
“Em vez de deixar ele morrer, porque j� � um beb�, j� � uma crian�a. Em vez de a gente tirar ele da tua barriga e deixar ele morrer ali agonizando, porque � isso que acontece, o Brasil concorda com eutan�sia, n�o tem, n�o vai dar medicamento para ele. Vai nascer chorando e n�o vai dar o medicamento para ele morrer. A gente tirar ele, dar todos os suportes m�dicos que ele precisa e entregamos para um casa para ado��o”, afirmou a ju�za.
Entenda o caso
A decis�o da ju�za Joana Ribeiro Zimmer impediu a menina de 11 anos estuprada de fazer aborto.
Justi�a e Promotoria pediram para a menina manter a gesta��o por mais "uma ou duas semanas", para aumentar a sobrevida do feto.
V�tima de estupro no come�o do ano, a menina descobriu estar com 22 semanas de gravidez ao ser encaminhada a um hospital de Florian�polis.
Logo ap�s a repercuss�o negativa do caso, Joana Ribeiro foi transferida para a comarca de Brusque, no Vale do Itaja�. Segundo o �rg�o especial do Tribunal de Justi�a, ela foi promovida “por merecimento”.