
Apenas profissionais de sa�de que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes ser�o vacinados. O esquema de vacina��o ser� feito em duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.
A aquisi��o ser� feita por meio de conv�nio com a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas) porque a empresa dinamarquesa produtora da vacina n�o-replicante n�o tem escrit�rio no Brasil nem pretende abrir representa��o no pa�s. “Existe um pedido da Opas para a aquisi��o de 100 mil doses de vacinas para as Am�ricas. Dessas 100 mil doses, 50 mil ser�o adquiridas pelo Minist�rio da Sa�de”, detalhou Medeiros.
Os secret�rios do Minist�rio da Sa�de concederam, nesta tarde, entrevista coletiva para explicarem as a��es da pasta, no dia da inaugura��o do Centro de Opera��o de Emerg�ncia (COE), que coordenar� os trabalhos de monitoramento e de combate � doen�a.
Segundo o secret�rio de Vigil�ncia Sanit�ria, o minist�rio informou que n�o haver� campanha de vacina��o em massa porque n�o existe recomenda��o da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). “A OMS n�o preconiza uma vacina��o em massa, ent�o a gente n�o est� falando de uma campanha de vacina��o como fal�vamos para a COVID-19. S�o v�rus absolutamente distintos, � uma cl�nica absolutamente distinta, um cont�gio absolutamente diferente, uma letalidade diferente. S�o doen�as absolutamente distintas”, justificou.
Embora, neste primeiro momento, o Brasil compre as doses de uma empresa dinamarquesa, Medeiros n�o descartou a possibilidade de que, no futuro, o Minist�rio da Sa�de compre doses do Instituto Butantan ou do Laborat�rio de Manguinhos, da Funda��o Oswaldo Cruz, caso essas unidades produzam algum imunizante n�o-replic�vel contra a var�ola dos macacos e caso haja necessidade.
Estigmatiza��o
O Minist�rio da Sa�de manteve as orienta��es para quem tem suspeita de estar infectado. Quem tiver sintomas dever� procurar um m�dico, informar os contatos pr�ximos e isolar-se o mais r�pido poss�vel. Embora a maior parte dos casos registrados at� agora seja registrado em homens que tiveram rela��es sexuais com outros homens, o secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de alertou que qualquer pessoa pode contrair o v�rus.
“O dado epidemiol�gico que n�s temos � que, em quase 20 mil casos no mundo, mais de 95% dos casos confirmados s�o de homens que fazem sexo com outros homens, mas isso n�o � estigmatiza��o porque a principal forma de transmiss�o se d� por meio de contato [direto com a pele da pessoa infectada]. � fundamental n�o fazer a estigmatiza��o, at� porque a principal forma de transmiss�o � o contato pele com pele”
Balan�o
O Minist�rio da Sa�de tamb�m atualizou as estat�sticas de casos da var�ola dos macacos. Em todo o Brasil, o n�mero de casos confirmados subiu para 1.066, contra 978 at� ontem. As cidades com mais ocorr�ncias s�o S�o Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
A pasta tamb�m deu mais informa��es sobre a primeira morte de um infectado no Brasil. O paciente, um homem de Belo Horizonte com 41 anos, tratava um c�ncer com quimioterapia, estava imunodeprimido e morreu por complica��es provocadas pelos sintomas da var�ola dos macacos. Ele estava em um hospital p�blico da capital mineira, chegou a ir para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas n�o resistiu.
Nesta tarde, a Espanha tamb�m confirmou a primeira morte por var�ola dos macacos, a segunda fora do continente africano. At� agora, foram registradas sete mortes em todo o planeta neste surto da doen�a. O pa�s com o maior n�mero de casos s�o os Estados Unidos, com cerca de 4,9 mil ocorr�ncias.