
A sa�da de Salituro foi anunciada nessa segunda-feira (17) em um comunicado ao mercado. A Caixa disse apenas que o vice-presidente renunciou ao cargo por "motivos pessoais", e n�o anunciou quem vai assumir a vice-presid�ncia de Tecnologia e Digital.
"A CAIXA agradece ao Sr. Claudio Salituro pelas relevantes contribui��es, profissionalismo e dedica��o, desejando-lhe sucesso nos novos desafios."
Em julho, o blog do jornalista Ricardo Noblat no site Metr�poles publicou v�deos e �udios em que Salituro aparece filmando e xingando servidores e terceirizados. Na �poca, a Caixa afirmou que o material seria analisado pela Corregedoria do banco e por "empresa independente a ser contratada pela nova gest�o".
Assim que assumiu a presid�ncia da Caixa, depois da sa�da de Pedro Guimar�es, Daniella Marques prometeu fortalecer canais de den�ncia internos e incentivar relatos de eventuais irregularidades, incluindo ass�dio sexual e moral. Para simbolizar o fim da era Guimar�es, o banco acabou com o uso obrigat�rio de gravatas.
A diretoria da Caixa � composta por 12 vice-presid�ncias. Desde que o esc�ndalo contra Guimar�es veio � tona, tr�s vice-presidentes deixaram os cargos: Celso Leonardo Barbosa, de Neg�cios de Atacado; Ant�nio Carlos Ferreira, de Log�stica; e Camila de Freitas Aichinger, ex-vice-presidente da Rede de Varejo.
Indeniza��o de R$ 30,5 milh�es
Em 29 de setembro, o MPT (Minist�rio P�blico do Trabalho) pediu que a Justi�a condene o ex-presidente a pagar R$ 30,5 milh�es pelas pr�ticas de ass�dio sexual, moral e discrimina��o contra funcion�rios do banco.
A a��o pede ainda que cada um dos integrantes do Conselho de Administra��o da empresa seja condenado a pagar pouco mais de R$ 3 milh�es pela "omiss�o em fiscalizar os atos dos dirigentes da estatal".
J� ao banco, o MPT solicita � Justi�a o pagamento de R$ 305 milh�es "pela omiss�o na investiga��o de tais atos" e por responsabiliza��o solid�ria. A defesa de Guimar�es classificou a a��o de "improcedente e eleitoreira".
O banco, por outro lado, tem ressaltado quatro a��es tomadas a partir de junho: a contrata��o de uma auditoria externa; a forma��o de um comit� independente para a investiga��o das den�ncias; a vincula��o da corregedoria ao Conselho de Administra��o para maior independ�ncia; e o refor�o do canal de den�ncias com profissionais especializados.
