
Em Campinas, a UPA (Unidade de Atendimento) Carlos Louren�o passou a funcionar nesta sexta-feira (25/11) como hospital de campanha. Em Santos, desde a �ltima quarta (23/11) foi reativado o centro de testagem no gin�sio da Portuguesa Santista.
Em S�o Jos� do Rio Preto e em Ribeir�o Preto, o uso de m�scaras em locais fechados ou de aglomera��o voltou a ser fortemente recomendado pelas prefeituras.
O governo estadual e a Prefeitura de S�o Paulo v�o retomar a obrigatoriedade do uso de m�scara no transporte p�blico a partir deste s�bado (26/11), por causa da alta no n�mero de casos da Covid-19. A gest�o Rodrigo Garcia (PSDB) recomenda que a medida seja adotada por todos os munic�pios paulistas.
O governo disse que, al�m da alta j� instalada na capital, "observa-se a interioriza��o, com crescimento de novas interna��es e ocupa��o de leitos de UTI nas regi�es do interior e litoral paulista" e que � crescente o n�mero de profissionais de sa�de se afastando do trabalho devido � doen�a.
A UPA de Campinas ter� 23 leitos exclusivos para Covid, sendo 18 deles de enfermaria, dois de isolamento e tr�s com suporte respirat�rio para urg�ncia.
A cidade registrou um aumento de casos leves de Covid neste m�s. De 30 de outubro a 5 de novembro, foram registrados 434 casos da doen�a na cidade, mas na semana seguinte, de 6 a 12 de novembro, j� haviam 799 positivos (uma alta de 84%).
A volta da unidade como hospital de campanha � uma medida preventiva, para poder garantir leitos de enfermaria caso a tend�ncia de aumento de interna��es se mantenha.
Andr�a von Zuben, diretora do Departamento de Vigil�ncia em Sa�de (Devisa) de Campinas, alerta para o fato de que a Covid n�o deve mais desaparecer e � preciso estar atento aos efeitos do surgimento de novas variantes e subvariantes.
"Estamos vivendo uma nova onda, com aumento grande do n�mero de casos. A maioria leves, por�m o que contribui � estar vacinado e com esquema completo para n�o ser internado. E sempre vai ter aquele 1% que vai ficar mais grave", afirma Von Zuben.
Quem tem mais de 60 anos ou comorbidades como diabetes e problemas do cora��o, por exemplo, tem o risco aumentado de ter um quadro mais problem�tico e deve se proteger com o uso de m�scara. Pessoas doentes tamb�m devem utilizar a prote��o no rosto para n�o expor outras pessoas ao risco.
"Crian�as est�o adoecendo por Covid, 50% das interna��es s�o infantis, e isso tem a ver com as baixas coberturas vacinais. Se tem vacina, vacine seu filho", completa Von Zuben.
Em Campinas, al�m da baixa adesa%u0303o a%u0300s doses de reforc%u0327o da vacina contra a Covid, foram considerados para a retomada do hospital o aumento de nu%u0301mero de exames com resultado positivo para a doenc%u0327a e o de casos sintoma%u0301ticos respirato%u0301rios na rede p�blica.
Outro fator foram as internac%u0327o%u0303es de adultos e crianc%u0327as com Si%u0301ndrome Respirato%u0301ria Aguda Grave (SRAG) em hospitais pu%u0301blicos e privados.
Cerca de 75% dos internados no munic�pio sa%u0303o pessoas que na%u0303o tomaram a dose de reforc%u0327o da vacina. Nesta semana, a taxa de transmissibilidade do vi%u0301rus (Rt) ultrapassou o nu%u0301mero um na cidade —cada indivi%u0301duo infectado com o vi%u0301rus pode infectar mais de uma pessoa.
S�o Paulo e Campinas adotaram as medidas com base nos relat�rios de seus conselhos cient�ficos de acompanhamento e enfrentamento dos casos de Covid.
O governo estadual destacou que "� fundamental que a popula��o esteja com o ciclo vacinal completo" e que "a �nica forma de amenizar os efeitos do v�rus � garantir a imuniza��o com as doses que est�o dispon�veis em todos os postos de sa�de do Estado".
Em Santos, a prefeitura disse que o centro de testagem foi reaberto para ampliar o acesso a testes r�pidos.
No primeiro dia de funcionamento, em apenas seis horas, 483 pessoas realizaram o teste e 160 tiveram resultado positivo confirmado, o que significa 1 em cada 3 sintom�ticos que procuraram o espa�o. O servi�o funciona das 8h �s 14h.
"Nas �ltimas semanas o Estado de S�o Paulo tem apresentado aumento expressivo na transmiss�o do Sars-Cov-2, que se reflete principalmente nos indicadores de interna��es", diz a nota publicada na �ltima ter�a (23) pelo estado.
A velocidade dessa alta (5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias) e taxas de ocupa��o de leitos de UTI (44% no estado de S�o Paulo e 59% na regi�o metropolitana de S�o Paulo) come�am a pressionar os sistemas de sa�de p�blico e privado.