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Estado de Minas ACIDENTE

Deslizamento no Paran�: 'um carro � frente e n�o estar�amos mais aqui'

Let�cia Santos, 39, � uma das sobreviventes do deslizamento da BR-376, na �ltima segunda-feira (28/11), no litoral do Paran�


02/12/2022 08:18 - atualizado 02/12/2022 10:08

Na foto, vista área do deslizamento na BR-376
Deslizamento foi provocado pelas chuvas fortes no estado; buscas pelos desaparecidos continuam (foto: CBMSC/Divulga��o )
O primeiro deslizamento j� tinha ocorrido. Pequeno, mas suficiente para interditar uma das pistas da BR-376, no litoral do Paran�. O carro em que estava a fam�lia de Let�cia Santos, 39, aguardava h� tr�s horas parado na fila do quil�metro 669 quando ela viu a primeira pedra cair. "Veio uma pancada e em seguida j� desceu o barro empurrando tudo", conta.

 

O ve�culo bateu na mureta de prote��o entre as duas pistas e parou a poucos metros do despenhadeiro, onde ainda est�o soterrados ao menos 30 pessoas e 16 ve�culos. Dois corpos j� foram retirados do local e identificados, mas os bombeiros ainda n�o sabem precisar quantas v�timas ainda est�o sob a lama.

A fam�lia de Let�cia foi arrastada para cima de um caminh�o e o ve�culo onde ela, o filho de quatro anos e seus pais, de 71 e 72 anos, estavam ficou destru�do. "Um carro � frente e n�o estar�amos mais aqui", enfatiza. "Foi por pouco que n�o ca�mos".

 

Ela n�o sabe como, mas o resultado foi que todos ficaram a salvo. "Minha m�e quebrou quatro costelas e eu fiquei com hematomas, mas meu filho e meu pai n�o se machucaram", relata.

Ela lembra que o carro ficou de lado e foi preciso sair pela janela do motorista e atravessar um caminh�o destru�do para conseguir socorro de um �nibus que vinha atr�s.

"Meu pai saiu primeiro, eu dei meu filho pra ele e fiquei no carro pra ajudar minha m�e, pois ela teve dificuldade. Eu s� queria sair dali porque estava com muito medo de outro desmoronamento, se isso acontecesse �amos ser empurrados pra fora da estrada." 

 

Chovia muito na hora e era noite, por volta das 19h30. "Eu n�o escutei nada, nenhum pedido de socorro, sinal de luz, celular, nada. S� via mato e lama."

 

A fam�lia � de Paranagu�, no litoral do Paran�, regi�o que sofre com as enchentes causadas pela chuva, que cai no estado desde s�bado (26) e j� deixa quase 5.000 desabrigados. Os quatro voltavam de Curitiba ap�s uma consulta m�dica de rotina.

 

Eles nunca haviam sofrido um acidente automobil�stico e Let�cia associa o desfecho a um milagre. "A gente n�o tinha no��o da dimens�o do acidente e da extens�o da trag�dia. S� fomos entender direito ap�s ver as fotos", diz.

 

O filho, lembra ela, ficou em choque. "Hoje ele acordou chorando, mas est� bem."

Os pais, ainda muito assustados, tamb�m se recuperam do acidente, afirma a filha, que pretende nunca mais viajar com chuva.

Buscas

As buscas pelos desaparecidos avan�aram nesta quinta-feira (1º/12), quando a chuva deu uma tr�gua pela manh�. Foram conclu�dos os trabalhos de remo��o dos ve�culos vis�veis arrastados pela lama, mas a opera��o segue cautelosa pelos riscos de novos acidentes no local.

 

O acesso ao litoral do Paran� est� totalmente interditado pela BR-376, mas hoje foi liberado o acesso parcial pela BR-277, que liga ao litoral, tamb�m atingida por deslizamentos de terra, ficando totalmente interditada at� a tarde de ontem. Segundo o governo, a rodovia passou por limpeza e foi liberada em pista simples do quil�metro 39 ao 42, tanto no sentido litoral quanto no sentido Curitiba.

 

A Estrada da Graciosa (PR-410), outro acesso ao litoral do estado, tamb�m est� totalmente interditada por tempo indeterminado, j� que apresenta deslizamentos em variados pontos. Desta forma, n�o � rota alternativa para os motoristas.

 

Com a chuva que causa enchentes em 12 cidades, o estado decretou situa��o de emerg�ncia e precisou escoltar caminh�es para levar insumos �s fam�lias atingidas pelos alagamentos.

A tr�gua na chuva, por�m, n�o durou muito. No fim da tarde desta quinta voltou a chover na Serra do Mar, local do da trag�dia. O volume de �guas j� supera todo o acumulado do m�s de novembro, afirma o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paran�).


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