
Sandra d� aula de hist�ria na escola estadual Primo Bitti, a primeira a ser alvo de atentados e onde tr�s professoras morreram. O atirador, um adolescente de 16 anos, atacou em seguida o Centro Educacional Praia de Coqueiro, um col�gio particular onde uma estudante de 12 anos morreu.
A professora estava internada no Hospital Estadual de Urg�ncia e Emerg�ncia S�o Lucas, em Vit�ria, e gravou uma mensagem de agradecimento � equipe de sa�de.
Na grava��o, ela conta que levou cinco tiros na perna esquerda e dois na direita. As balas n�o atingiram os nervos e, depois de passar por duas cirurgias, ela poder� continuar� o tratamento em casa.
"Eu queria agradecer muito. Desde o primeiro momento eu tive um suporte muito bom, maravilhoso", diz no v�deo divulgado pela Secretaria da Sa�de do Esp�rito Santo. Ela definiu os ataques como o "dia do terror".
De acordo com a pasta, quatro v�timas do ataque permanecem internadas e est�o sendo atendidas no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, no munic�pio de Serra (a 30 km de Vit�ria), e no Hospital Estadual N.Sra. da Gl�ria "Infantil de Vit�ria".
No primeiro, est�o uma mulher de 51 anos com quadro de sa�de est�vel, que est� sendo atendida na enfermaria, e outra de 37 anos que segue intubada na UTI em estado grave.
J� no hospital infantil est�o um menino de 11 anos, com quadro est�vel em enfermaria, e uma garota de 14 anos que est� na UTI e que, desde esta quinta (1º), est� sem intuba��o.
Nesta sexta, a Secretaria da Educa��o do Esp�rito Santo informou que as atividades restantes para a conclus�o do ano letivo na escola Primo Bitti ser�o realizadas de forma online.
"Ap�s entender que todos ainda est�o muito abalados com o ocorrido e, portanto, sem condi��es de retornar ao local para exercer a atividade fim, optamos por abrir a escola para os que quiserem ir ao local, mas a oferta das atividades pedag�gicas ser� de forma n�o presencial, em respeito aos que n�o querem retornar", informou o secret�rio Vitor de Angelo em nota.
"Ainda estamos definindo o dia, mas, a partir da pr�xima semana, as portas da unidade estar�o abertas", acrescentou. A equipe da secretaria informou que est� elaborando a��es de acolhimento para quem desejar ir ao local para finalizar o planejamento das atividades pedag�gicas e disse que em breve os estudantes ser�o informados sobre as atividades remotas.
ATAQUES
Por volta das 9h da �ltima sexta (25), um adolescente de 16 anos arrombou um cadeado para entrar na escola Primo Bitti, onde ocorreu o primeiro ataque. Os tiros foram disparados dentro da sala dos professores e resultaram na morte de tr�s professoras —duas morreram ainda naquele dia e uma terceira professora, que estava internada em estado grav�ssimo, morreu no s�bado (26).
Segundo a investiga��o, para cortar o cadeado, o adolescente usou um alicate especial, do mesmo tipo usado pela pol�cia em opera��es. Ele portava uma pistola autom�tica e um rev�lver calibre 38, que pertenciam ao pai dele, um tenente da Pol�cia Militar.
Ap�s o primeiro ataque, o adolescente entrou em um carro e foi at� o Centro Educacional Praia de Coqueiro. Ali, ele abriu fogo contra tr�s estudantes. Uma aluna de 12 anos morreu no segundo ataque. O atirador foi detido por policiais no in�cio da tarde.
Durante os atentados o adolescente utilizava uma roupa camuflada e uma bra�adeira com a su�stica, s�mbolo nazista. Na casa da fam�lia tamb�m foi encontrado o livro "Minha Luta", autobiografia de Adolf Hitler.
De acordo com a pol�cia, o adolescente disse em depoimento que manuseava a arma do pai escondido e se preparou para o ataque assistindo a v�deos na internet.
Apesar dessa informa��o, a Pol�cia Civil investiga se o pai, em algum momento, ensinou o filho a manusear armas e atirar. O tenente foi afastado dos trabalhos operacionais e a Corregedoria da Pol�cia Militar instaurou um processo administrativo para apurar em quais circunst�ncias o jovem teve acesso �s armas.
O adolescente havia abandonado a escola em junho deste ano, com o aval dos pais, sem terminar o ensino m�dio. Ele estudava na escola Primo Bitti, a primeira atacada durante a a��o. Segundo os pais, passava por tratamento psicol�gico.