
A fraude teria ocorrido em outubro de 2022, quando a correntista disse ter recebido uma liga��o no celular de um suposto funcion�rio do banco, que a questionou se ela havia feito um Pix.
A cliente alegou que, durante a liga��o, foi induzida a digitar o que o suposto funcion�rio pedia, sob o argumento de que a transa��o seria cancelada. Ao final, ela teria tido R$ 49.855,06 retirados de sua conta pelo golpista.
No processo, a Caixa informou que as opera��es feitas pela cliente foram realizadas pelo internet banking em um dispositivo eletr�nico habilitado com senha pessoal.
O juiz Jos� Carlos Fabri, da 1ª Vara Federal de Campo Mour�o (PR), considerou que a Caixa n�o teve nenhum envolvimento no caso, sem qualquer rela��o com a liga��o telef�nica entre a v�tima e os respons�veis pelo golpe.
Segundo o magistrado, o banco s� tem "responsabilidade por saques ou outras movimenta��es financeiras ocorridas em internet banking devidamente habilitado ap�s a comunica��o do cliente".
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No caso julgado, como a cliente n�o havia informado nada ao banco, ela seria a respons�vel pelo uso do banco online no momento da transa��o.
A defesa da correntista foi procurada pela Folha, mas n�o quis comentar o caso. Ela ter� dez dias para recorrer da senten�a.
Em nota, a Caixa disse que n�o comenta processos em andamento e orientou os correntistas a "jamais compartilhar dados pessoais, usu�rio de login e senha". O banco alertou que as senhas e outros dados de acesso n�o devem ser fornecidos a terceiros ou em liga��es telef�nicas, e pediu que os clientes utilizem exclusivamente os canais oficiais para buscar informa��es e acessar servi�os.
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Justi�a negou pedido de indeniza��o em outro caso Esta n�o � a primeira vez que a Justi�a d� ganho de causa para a Caixa em golpe por Pix. Em dezembro do ano passado, o juiz Joseano Maciel Cordeiro, da 1ª Vara Federal de Jaragu� do Sul (SC), negou solicita��o de indeniza��o a uma cliente do banco que alegou ter sofrido golpe ao ligar para um n�mero 0800, ap�s receber mensagem para confirmar uma suposta compra. O n�mero de telefone n�o tinha rela��o com a Caixa.
Na liga��o, a v�tima afirmou ter sido induzida a realizar uma s�rie de procedimentos e teve R$ 14 mil retirados da conta, tamb�m por meio do Pix. O banco alegou que a movimenta��o foi realizada ap�s a cliente autorizar o dispositivo eletr�nico pelo qual foi feito o d�bito. O juiz considerou que cabia � v�tima zelar pela guarda da sua senha.
A��o � conhecida como 'golpe do falso funcion�rio' Conhecido como golpe do falso funcion�rio, a a��o de criminosos j� chegou a ser descrita em outras ocasi�es pela Febraban (Federa��o Brasileira de Bancos) em alerta aos clientes banc�rios contra a a��o de golpistas.
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Segundo a federa��o, abordagens do tipo s�o conhecidas como crimes que usam a engenharia social, "que consiste na manipula��o psicol�gica do usu�rio para que ele lhe forne�a informa��es confidenciais, como senhas e n�meros de cart�es para os criminosos, ou fa�a transa��es em favor das quadrilhas".
De acordo com a Febraban, os aplicativos dos bancos contam com o m�ximo de seguran�a desde o desenvolvimento at� a utiliza��o pelo usu�rio. Dentre as principais dicas de especialistas em seguran�a na internet est�o nunca fornecer senhas e dados pessoais em contatos por telefone, email ou WhatsApp.
Saiba se proteger do golpe do falso funcion�rio Caso receba uma liga��o do tipo, avise o banco imediatamente nos canais de atendimento oficiais N�o fa�a transfer�ncias durante as liga��es, principalmente para nomes desconhecidos.
Nunca forne�a os dados da sua conta, cart�o ou aplicativo. Um funcion�rio real geralmente n�o precisa de mais informa��es sobre um cliente que j� � seu N�o siga o passo a passo sugerido pela liga��o suspeita N�o acesse sua conta ao receber liga��es em nome do banco Nunca fale nem digite sua senha no teclado do telefone Contorne a sensa��o de urg�ncia passada pelo golpista com perguntas para atestar a veracidade da liga��o