
Era fevereiro de 2020, Renato* estava ajudando o pedreiro nas obras de amplia��o do seu im�vel em S�o Jos� do Rio Preto (SP), quando levou um choque el�trico ao retirar a �ltima camada de concreto da m�quina betoneira. Apesar do socorro, o rapaz de 27 anos acabou morrendo.
Situa��o parecida aconteceu com Lucas Ant�nio Lacerda da Silva, que durante um pr�-carnaval, no centro de S�o Paulo, em 2018, tocou em um poste energizado e morreu ap�s sofrer um choque el�trico.
"At� hoje a palavra choque me choca, pois � muito triste saber que seu filho saiu para se divertir e nunca mais voltou para casa por conta de um acidente que poderia ter sido evitado", diz Carla Maria Ramos de Lacerda, m�e do jovem que morreu aos 22 anos.
Fios desencapados, uso constante de 'benjamins' ou 'Ts' por falta de tomadas el�tricas, compra de equipamentos eletr�nicos sem certifica��o do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e manuseio incorreto da energia el�trica est�o na lista das principais causas de acidentes envolvendo a eletricidade no Brasil.
Dados da Associa��o Brasileira de Conscientiza��o para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) revela que em dez anos, 6.312 pessoas morreram por choque el�trico no pa�s. Uma m�dia de quase duas mortes por dia.

Para se ter uma ideia, apenas em 2022, 592 brasileiros morreram enquanto manuseavam um equipamento movido a eletricidade dentro de casa ou no trabalho.
"Apesar do n�mero j� ser alarmante, estimamos que esses dados s�o at� tr�s vezes maior, pois o levantamento que realizamos � com base em pesquisas na internet. Ou seja, muitas mortes s�o subnotificadas. Assim, se tivemos 592 mortes por choque el�trico no Brasil, em 2022, provavelmente, estamos falando de aproximadamente 1,8 mil mortes", estima Edson Martinho, diretor executivo da Abracopel.
Em m�dia, 87% dos �bitos por choque el�trico no Brasil s�o de pessoas do g�nero masculino e somente 13% de pessoas do g�nero feminino.
Isso ocorre, principalmente, pelo fato de os trabalhadores que atuam direta e indiretamente com a eletricidade serem em sua maior parte do g�nero masculino e por homens - mesmo aqueles sem a devida forma��o - serem maioria dos que tentam solucionar problemas dentro de casa envolvendo eletricidade.
No pa�s, a regi�o Nordeste � a que concentra a maior parte das mortes por choque el�trico. Em dez anos, a regi�o registrou 2.631 �bitos nessa categoria, o que corresponde a 41,6% das mortes do pa�s.
"Ainda estamos tentando descobrir e comprovar as motiva��es para que todos os anos tanta gente morra de choque el�trico no Nordeste. Mas o que a gente observa � que a fiscaliza��o � pequena, o conhecimento sobre os riscos da eletricidade n�o � eficiente e muitas pessoas em busca de m�o de obra mais barata contratam profissionais que n�o s�o capacitados. Isso tudo, infelizmente, acaba resultando em morte", aponta Martinho.
No ranking, a regi�o Sudeste aparece na segunda posi��o (1.239 mortes), seguida pela regi�o Sul (1.024 mortes), Centro-oeste (735 mortes) e Norte (683 mortes).
Perigo pode estar dentro de casa

Grande parte das mortes por choque el�trico no Brasil acontece dentro de casa e envolve pessoas comuns que, ao manusear equipamentos simples, cometem erros e sofrem acidentes, segundo os especialistas.
As ocorr�ncias geralmente s�o causadas pela energiza��o acidental dos equipamentos el�tricos que possuem envolt�rio met�lico, falta de manuten��o dos equipamentos e aus�ncia de aterramento el�trico na resid�ncia.
"Acidentes com extens�o e benjamins ou ‘Ts’ tamb�m s�o significativamente elevados. � necess�rio observar que estes equipamentos n�o s�o regulares e, por esse motivo, n�o fazem parte de qualquer controle de qualidade - desta forma, precisam ser evitados pelos usu�rios", alerta Edson.
Segundo o capit�o Andr� Elias, porta-voz do Corpo de Bombeiros de S�o Paulo, a falta de conhecimento sobre os perigos envolvendo a eletricidade � uma das principais barreiras no combate aos acidentes.
"Muita gente ignora os riscos envolvendo a eletricidade e acaba por realizar procedimentos que teriam que ser feitos por um profissional especializado. S� que o barato pode sair caro", falou o capit�o.
Em casa, atitudes simples podem ser cruciais para evitar acidentes. � o caso, por exemplo, de nunca usar aparelhos el�tricos em locais com �gua, ou com as m�os e os p�s molhados.
"Algumas pessoas adquiriram o h�bito de levar equipamentos el�tricos para o banheiro, como celular e o r�dio port�til, e isso tamb�m representa um risco, principalmente, quando voc� toca nele com as m�os molhadas e com ele carregando", orienta Martinho.
Principais causas de acidente de trabalho

Outra causa recorrente de acidentes envolvendo a eletricidade ocorre com pedreiros e instaladores de TV a cabo, telefonia, toldos e calhas.
Com eles, geralmente, os acidentes acontecem durante trabalho pr�ximo � rede a�rea de distribui��o de energia.
Foi o que ocorreu, por exemplo, com o instalador Manoel*.
Durante a instala��o de um painel luminoso em um estabelecimento comercial de S�o Jos� do Rio Preto, em 2015, ele levou um choque el�trico que o derrubou de uma altura de cinco metros.
Apesar dos graves ferimentos causados pela corrente el�trica e pela queda, Manoel sobreviveu. "Gra�as a Deus, n�o tive nenhuma sequela."
Segundo Ricardo Sebba, m�dico do trabalho e membro da Associa��o Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), o choque el�trico est� entre as quatro principais causas de acidente de trabalho no Brasil.
"Mesmo com as normas regulamentadoras atualizadas e abrangentes, ainda enfrentamos muito desrespeito � legisla��o vigente, que abre caminho para ocorr�ncias de acidente de trabalho", assinala.
Sebba ressalta que, al�m da falta de conhecimento adequado, muitos acidentes de trabalho envolvendo eletricidade ocorrem por jornada de trabalho excessiva e falta de equipamentos de seguran�a.
"No Brasil, profissionais da constru��o civil, distribui��o e gera��o de energia s�o os que mais sofrem acidentes envolvendo a eletricidade no local de trabalho. Instala��es provis�rias sem o cumprimento de regras b�sicas e adversidade dos locais de presta��o de servi�o contribuem para essa estat�stica", explica.
� o que revelam dados da Abracopel. Entre 2013 e 2022, 15% das mortes envolvendo eletricidade no pa�s foram de pedreiros, instaladores ou pintores.
O levantamento aponta 513 �bitos de pedreiros ou ajudantes; 207 de instaladores de TV a cabo, telefonia, placas solares, toldos e calhas; e 199 de pintores ou ajudantes.
'Fui pegar uma pipa e perdi os dois bra�os e uma perna'
Foi o simples ato de pegar uma pipa ao lado da rede el�trica que deixou Gleisson Rodrigues Batista sem os dois bra�os e a perna direita, quando ainda tinha 11 anos."S� lembro que sentia meu corpo duro e n�o conseguia falar com as pessoas ao meu redor. Nem abrir a boca eu conseguia", lembra.
O acidente que aconteceu na favela Cabana Pai Tom�s, em Belo Horizonte (MG) h� 29 anos n�o apenas mudou a vida dele, como tamb�m o alertou sobre os perigos da eletricidade.
"A gente, quando crian�a, n�o tem muita no��o dos perigos. Na �poca, estava com meus primos e peguei uma barra de ferro para tirar a pipa enroscada dos fios. Levei uma descarga el�trica de 13,8 mil volts."
Acidentes como o de Gleisson, envolvendo crian�as e adolescentes, s�o mais comuns do que se imagina. Levantamento feito com base em dados da Abracopel aponta que choques el�tricos mataram 688 brasileiros entre zero e 15 anos nos �ltimos dez anos.
"Fora o tradicional acidente com pipa, temos muitos casos de acidente dentro de casa, quando a crian�a coloca objetos met�licos ou at� a m�o dentro da tomada. Ela n�o tem no��o que aquilo � um perigo - por isso, a import�ncia de os pais ficarem atentos", diz Martinho.
Conscientiza��o sobre os perigos da eletricidade que, hoje, Gleisson aplica dentro de casa com os dois filhos.
"Eu n�o nasci deficiente, mas me tornei deficiente por conta de um choque el�trico. Por isso, sempre digo que todo cuidado com a eletricidade � importante", diz.

Como o choque el�trico age no corpo humano
Quando uma pessoa recebe um choque el�trico, v�rias s�o as les�es que ele pode causar no corpo da v�tima. Por esse motivo, cada caso deve ser analisado individualmente por um m�dico.
"O choque el�trico pode causar uma variedade de les�es, que podem ir desde queimaduras leves at� a morte", explica Marcus Vinicius Viana da Silva Barroso, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ).
Entre as les�es mais comuns est�o queimaduras na pele, geralmente na entrada e sa�da da corrente el�trica; fibrila��o ventricular (uma condi��o em que o cora��o bate de forma descoordenada, o que pode levar � parada card�aca e � morte); e at� les�o muscular e no sistema nervoso central.
Estudos tamb�m mostram que v�timas de choque el�trico s�o mais suscet�veis a experimentar problemas psicol�gicos, como ansiedade e transtorno de estresse p�s-traum�tico (TEPT).
"� importante lembrar que mesmo os choques el�tricos aparentemente leves podem ter consequ�ncias graves e duradouras. Portanto, � fundamental seguir todas as precau��es de seguran�a ao lidar com eletricidade e, quando sofrer um acidente, procurar ajuda", alerta Barroso.

O que fazer em caso de acidente
Estimativa da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) aponta que choques el�tricos correspondem a cerca de 3% a 5% do total de acidentes por queimaduras registradas anualmente no pa�s. Contudo, quando analisado o n�mero de �bitos, esse percentual sobe para 46%."Existe uma diferen�a no tratamento da queimadura tradicional com fogo e a envolvendo choque el�trico. As queimaduras el�tricas geralmente s�o mais graves e profundas do que as queimaduras t�rmicas, pois a eletricidade pode causar danos mais profundos nos tecidos do corpo. Al�m disso, as queimaduras el�tricas podem ser acompanhadas de outras les�es, como fraturas, les�es musculares e les�es neurol�gicas", explica Barroso, da SBQ.
Pedro Henrique Soubhia Sanches, cirurgi�o pl�stico da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital Padre Albino, em Catanduva (SP) — refer�ncia no interior de S�o Paulo em atendimento a v�timas de choque el�trico — ressalta que o primeiro ato ao socorrer uma v�tima da eletricidade � o de desligar a energia el�trica.
"� importante que nunca a pessoa toque na v�tima enquanto a fonte de eletricidade estiver ativa. Pois ela tamb�m corre risco de sofrer um choque el�trico", alerta.
Sanches ainda aponta que, normalmente, as pessoas acreditam que apenas o local de entrada e sa�da do choque el�trico pode apresentar les�es. Contudo, em muitos casos os danos da eletricidade est�o invis�veis aos olhos das pessoas.
"Por isso, sempre � importante a pessoa fazer um acompanhamento m�dico, pois o choque el�trico pode causar uma s�rie de les�es. A les�o que pode estar pequena por fora pode ser grave por dentro", recomenda.


Quando o barato pode sair caro
A maioria dos inc�ndios que acontecem no Brasil ocorrem devido a curtos-circuitos ocasionados, principalmente, por fios e cabos de baixa qualidade.
Ou seja, um simples carregador de celular pirata ou fios e cabos de baixa qualidade podem causar um inc�ndio em sua casa, segundo especialistas.
Um estudo realizado pela Associa��o Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos El�tricos (Qualifio), em parceria com o Sindicato da Ind�stria de Condutores El�tricos, Trefila��o e Lamina��o de Metais N�o-Ferrosos do Estado de S�o Paulo (Sindicel) aponta que 70% dos fios e cabos el�tricos ensaiados produzidos no Brasil est�o irregulares.
"O que acontece � que muitas empresas fazem cabos que deveriam ter cobre e colocam alum�nio cobreado, que � mais barato. Quando instalado na parede da resid�ncia, esse cabo vai virar uma bomba rel�gio. Isso porque a capa que deveria proteger de pegar fogo vai ajudar a propagar ainda mais o inc�ndio", explicou �nio Rodrigues, diretor-executivo do Sindicel.
Conhecidos como 'cabos desbitolados', esses cabos de baixa qualidade, al�m de provocar risco de curto-circuito e concomitantemente inc�ndio, podem provocar aumento no consumo de energia el�trica.
"Os fios e cabos devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por�m, existem fabricantes que desrespeitam as normas, mesmo tendo o selo do Inmetro e, ainda por cima, produzem cabos desbitolados com custos menores, pois utilizam menos cobre que o exigido e muito mais PVC, o que acaba colocando em risco a seguran�a do consumidor", alerta Rodrigues.
Ao mesmo tempo, dados da Abracopel indicam que o n�mero de inc�ndios provocados por curto-circuito cresceu assustadoramente nos �ltimos dez anos no Brasil: de 216, em 2013, para 874, em 2022. Um total de 5.315 inc�ndios de origem el�trica e 385 mortes.
"Os acidentes ocorrem geralmente em ambientes residenciais, seguido de com�rcio. Mas, historicamente, os acidentes com hospitais v�m aumentando nos �ltimos tr�s anos, chegando a n�meros significativos (52) em 2022. O aumento indiscriminado de equipamentos para o controle da pandemia de covid-19 sem uma avalia��o da instala��o el�trica de forma adequada pode ter sido o motivo desse aumento", diz Martinho.
No caso do carregador de celular, al�m de risco de inc�ndio, ele tamb�m pode causar choque el�trico. Entre 2017 e 2022, 84 brasileiros morreram ap�s receberem uma corrente el�trica do aparelho celular.
"Via de regra, o carregador de celular funciona como uma boia de caixa d’�gua. Quando ele atinge o n�vel m�ximo de bateria, ele para de enviar el�trons, tanto que voc� pode notar que, ao pegar a fonte, comumente ela est� fria ao acabar de carregar e ficar conectada na tomada. No caso do carregador de m� qualidade, n�o, ele continua mandando el�trons, podendo causar um sobreaquecimento", explica Martinho.

O que diz o Inmetro
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) disse, por meio de nota, que hoje existem 205 empresas que produzem fios, cabos e cord�es flex�veis el�tricos com registro ativo na entidade e que os consumidores devem adquirir os cabos no mercado formal."A consulta pode ser feita pelo site www.registro.inmetro.gov.br/consulta/. No site, tamb�m � poss�vel ver a quantidade de empresas com registro suspenso ou inativo (o que pode acontecer por raz�es como problemas de documenta��o, falta de manuten��o da certifica��o ou problema com o produto ofertado) e com registro inativo (quando o fornecedor quer parar de fornecer o produto, sendo algo revers�vel)."
Os Institutos de Pesos e Medidas (Ipem) s�o os �rg�os delegados do Inmetro nos estados respons�veis pela fiscaliza��o rotineira de fios e cabos. Segundo o �rg�o, pr�ticas adotadas para coibir as irregularidades s�o a investiga��o pr�via de estabelecimentos, a fim de identificar potenciais alvos de fiscaliza��o, e a manuten��o de contato pr�ximo com associa��es e representantes setoriais.
"Fios, cabos e cord�es el�tricos est�o entre os produtos que sempre estiveram no radar do Inmetro, sendo objeto de programas de monitoramento constante como, a 'Opera��o Energia Segura'. Cabe destacar que no ano de 2022, o Inmetro empreendeu 4.083 opera��es de fiscaliza��o nas quais foram encontradas 14.773 unidades de fios e cabos irregulares. O �ndice de irregularidade, no ano, foi de 10,17%", diz o comunicado.
Al�m de comprar fios, cabos e produtos movidos a eletricidade no mercado formal, contratar profissionais qualificados e realizar manuten��o peri�dica, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil ressaltam que a maioria dos acidentes internos nas edifica��es poderia ser evitado pela execu��o de um sistema de aterramento e o uso de dispositivos de prote��o � fuga de corrente, como o Dispositivo Diferencial Residual (DR), que � obrigat�rio no Brasil.
O Dispositivo Diferencial Residual, popular DR, � um interruptor que desliga automaticamente a corrente el�trica quando identifica fuga ou vazamento de energia el�trica dos condutores do im�vel.
Al�m de evitar choques el�tricos, ele tamb�m evita curto-circuito.
Entretanto, segundo o estudo Raio-X das Instala��es El�tricas Residenciais Brasileiras, feito pelo Instituto Brasileiro de Cobre (Procobre) e pela Abracopel, menos da metade do total de im�veis brasileiros contam com o DR.
"Sempre digo que o primeiro passo � as pessoas lembrarem que a eletricidade n�o � uma brincadeira. Ela requer sempre um profissional habilitado e atualizado. Porque o que se fazia na eletricidade h� 15 anos n�o se faz mais", diz Martinho.

Como evitar acidentes com eletricidade em casa
- Chuveiro: nunca mude a chave (ver�o/inverno — fria/morna/quente) enquanto o chuveiro estiver ligado.
- �gua ou umidade: nunca use aparelhos el�tricos em locais com �gua ou umidade, nem com as m�os ou os p�s molhados. Al�m disso, n�o leve r�dios ou equipamentos el�tricos para o banho.
- Trocar l�mpada: ao trocar uma l�mpada, certifique-se de que o interruptor esteja desligado e nunca toque na parte interna do bocal (soquete), segure s� pelo vidro.
- Eletrodom�sticos: nunca deixe nenhum eletrodom�stico sobre a pia molhada (liquidificadores, batedeiras, espremedores), especialmente quando estiverem ligados na tomada.
- Antenas: tome cuidado ao subir em telhados e manusear antenas ou placas solares. Verifique, principalmente, se os equipamentos n�o est�o pr�ximos da rede el�trica.
- Limpeza: jamais use garfo, faca ou objeto met�lico em aparelhos el�tricos ligados. Somente limpe esses equipamentos ap�s se certificar de que eles est�o fora da tomada.
- �rvores: tenha muito cuidado ao subir em �rvores para colher frutos, ou efetuar podas. Se ela estiver pr�xima � rede el�trica existe risco de acidente.
- Crian�as: coloque sempre protetores nas tomadas e n�o deixe fios desencapados pela casa. Al�m disso, n�o permita que as crian�as manuseiem sozinhas os aparelhos el�tricos.
- Manuten��o: o ideal � revisar toda a fia��o da sua casa a cada cinco anos. Lembre-se de que choque el�trico ao tocar no registro do chuveiro el�trico � ind�cio que a rede el�trica da sua resid�ncia pode estar com problemas.
Como socorrer uma v�tima de choque el�trico
- Desligar a energia: se poss�vel, desligue a energia el�trica na fonte para evitar que a v�tima sofra mais choques el�tricos. � importante lembrar que nunca se deve tocar na v�tima enquanto a fonte de eletricidade estiver ativa.
- Verificar a respira��o e a pulsa��o: verifique se a v�tima est� respirando e se tem pulso. Se a v�tima n�o estiver respirando, � necess�rio iniciar a reanima��o cardiopulmonar (RCP) imediatamente.
- Verificar as les�es: verifique se a v�tima sofreu outras les�es al�m do choque el�trico, como queimaduras ou fraturas.
- N�o remover objetos presos: se houver objetos presos � v�tima, como fios ou cabos el�tricos, n�o tente remov�-los, pois isso pode causar mais les�es.
- Manter a v�tima aquecida: cobrir a v�tima com um cobertor pode ajudar a mant�-la aquecida e confort�vel enquanto aguarda a chegada da equipe de resgate.
- Oferecer conforto e apoio: oferecer conforto e apoio emocional � v�tima pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.
- � importante lembrar que, em caso de acidente envolvendo choque el�trico, a seguran�a � a prioridade. Nunca se aproxime da v�tima se houver risco de choque el�trico. Certifique-se de que a �rea est� segura antes de prestar ajuda.
*Os nomes foram trocados para proteger a identidade dos entrevistados