As a��es ocorrem ap�s a morte do agente da Pol�cia Federal Lucas Carib� Monteiro, h� 15 dias, durante uma opera��o no Bairro de Val�ria, em Salvador. Desde ent�o, o governo baiano intensificou a parceria com o governo federal para a��es de repress�o ao crime organizado.
Em Santo Amaro, no Rec�ncavo Baiano, quatro homens foram baleados em confronto com os agentes. A informa��o foi confirmada neste s�bado (30) pela Pol�cia Militar. A corpora��o afirmou que todos eram suspeitos.
A Pol�cia Civil identificou os mortos como Gabriel Sales de Barros, de 23, Anderson J�lio Magalh�es Silva, de 27, Lucas Vieira dos Santos, de 26, e Alex Coelho dos Santos, de 28.
As equipes foram ao local ap�s receber den�ncias de que homens armados estariam comercializando drogas em uma localidade conhecida como rua da Prainha, em Acupe.
Ainda de acordo com a PM, "um grupo de indiv�duos atirou contra os militares", iniciando a troca de tiros.
Ap�s o tiroteio, quatro suspeitos foram encontrados feridos e levados para o hospital Nossa Senhora Natividade, mas n�o resistiram aos ferimentos.
Na a��o, os policiais apreenderam uma espingarda, tr�s pistolas, sendo duas com numera��es raspadas, muni��o e carregadores para armas de fogo, al�m de drogas.
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Tamb�m foram apreendidos sete celulares, duas m�quinas de cart�o banc�rio, um caderno de anota��es, uma blusa camuflada, embalagens para comercializa��o de drogas e cerca de R$ 4 mil em dinheiro.
O material apreendido foi encaminhado para a delegacia de Santo Amaro, onde a ocorr�ncia foi registrada.
Tamb�m nesta sexta, outros dois homens morreram ap�s confronto com policiais militares durante uma opera��o no Bairro Nova Bras�lia, em Salvador.
A Pol�cia Militar disse que agentes faziam uma ronda quando "se depararam com homens armados que dispararam contra a guarni��o". Os policiais ent�o teriam revidado, atingindo dois homens. Os demais fugiram, de acordo com a PM.
A corpora��o afirmou que os baleados chegaram a ser levados para uma unidade hospitalar, mas n�o resistiram.
Um rev�lver, uma pistola 9 mm, muni��o e uma mochila com coca�na, maconha e balan�a de precis�o foram apreendidos pela pol�cia na a��o.
Ainda na capital, um homem morreu ap�s confronto durante uma opera��o integrada das for�as de seguran�a, no Bairro Val�ria, periferia de Salvador.
De acordo com a Secretaria de Seguran�a P�blica, ele foi encontrado com um rev�lver, carregadores e muni��o. Na a��o, um suspeito foi preso com drogas, armas e roupas camufladas.
As mortes t�m sido registradas como autos de resist�ncia, quando h� alega��o de confronto entre suspeitos e policiais.
Na quarta (27), dois policiais militares trocaram tiros em um bar e morreram. O caso foi consequ�ncia de uma persegui��o a dois suspeitos de assalto no bairro de Santa M�nica, na periferia de Salvador.
Crise na seguran�a
A Bahia enfrenta um de seus momentos mais graves na gest�o da seguran�a, com o acirramento da guerra entre fac��es, chacinas e escalada da letalidade policial, com epicentro nas periferias das cidades, cujas fam�lias vivenciam a morte di�ria de uma legi�o de jovens negros e pobres.
Na ter�a-feira (26), o governador Jer�nimo afirmou em Bras�lia que as for�as de seguran�a do estado v�o manter a firmeza no combate � onda de viol�ncia, mas que ele n�o determinou que "trouxessem corpos".
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"Com certeza, para chegarmos a esses n�meros e a essa interven��o deles [fac��es criminosas], n�o � de agora, vem se montando h� mais tempo, com disputas claras entre eles", afirmou.
"E n�s somos firmes, firmes no sentido de realmente barrar o processo. Em momento algum eu determinei que trouxessem corpos, ou de criminosos ou de policiais ou de inocentes. Mas a firmeza nossa � a firmeza de ir l�, fazer opera��es. A intelig�ncia trabalhou e tem trabalhado com uma capacidade intelectual muito forte", completou.
Dados do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica apontam a Bahia como o estado com maior n�mero absoluto de mortes violentas do Brasil desde 2019. Em 2022, o estado conseguiu reduzir em 5,9% o n�mero de ocorr�ncias, fechando o ano com 6.659 assassinatos.
A Bahia foi, no ano passado, o estado com mais mortes decorrentes de interven��o policial, com 1.464 ocorr�ncias, o que d� uma m�dia de 28 casos por semana. Desde 2015, o n�mero de mortes registradas como autos de resist�ncia quadruplicou no estado.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, a ONG Anistia Internacional afirmou que a escalada da letalidade policial na Bahia "escancara o fracasso do governo Jer�nimo Rodrigues e os dos governadores que o antecederam" em oferecer uma pol�tica de seguran�a pautada em intelig�ncia e na garantia dos direitos humanos.
A entidade tamb�m disse que h� uma inaptid�o do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica em assumir o papel de indutor de pol�ticas de redu��o da letalidade policial e oferecer respostas para o que classificou como descontrole das for�as policiais: "N�o h� objetivo leg�timo que justifique qualquer tipo de viola��o de direitos humanos".