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Estado de Minas GREVE METR� E TRENS

Greve contra privatiza��es paralisa linhas de metr� e trem em SP nesta ter�a (3)

Veja como est� o transporte coletivo na cidade de S�o Paulo com a paralisa��o


03/10/2023 08:23 - atualizado 03/10/2023 10:38
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metrô de são paulo
Metr� e trens de S�o Paulo est�o em greve nesta ter�a (foto: Wikimedia Commons/Reprodu��o)

A greve de trabalhadores do sistema de transporte sobre trilhos de S�o Paulo afeta o in�cio da opera��o de quatro linhas do Metr� e cinco da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nesta ter�a-feira (3/10). A paralisa��o, organizada em conjunto com servidores da Companhia de Saneamento do Estado de S�o Paulo (Sabesp), tem como objetivo protestar contra o plano de privatiza��o das empresas pelo governo Tarc�sio de Freitas (Republicanos).

 

No terminal Corinthians-Itaquera, na zona leste, passageiros se reuniram em frente ao port�o que leva �s plataformas enquanto aguardavam informa��es sobre o servi�o. As linhas 3-vermelha do Metr� e 11-coral da CPTM passam pela esta��o.

 

O operador de m�quina Valber Batalha, 52, soube da paralisa��o � noite, mas decidiu tentar a sorte mesmo assim. Ele ficou sem alternativa de transporte para chegar at� Perus, na zona norte, onde trabalha. Para chegar l�, utiliza �nibus e duas linhas de trem. "Se o metr� abrisse eu podia ir at� a Barra Funda e pegar um �nibus, mas fiquei sem op��o e vou ter que voltar para casa", disse, enquanto fotografava o port�o fechado para mandar ao chefe, gesto repetido por dezenas de pessoas.

 

"O patr�o, para acreditar, a gente tem que provar", disse Djalma Bessa, 46, que trabalha em Osasco, na regi�o metropolitana, e pega metr� e trem todo dia. Ele disse apoiar o movimento dos trabalhadores, apesar do inconveniente.

 

 

Por volta das 4h30, seguran�as posicionaram placas informando que a esta��o estava fechada em raz�o da greve.

No mesmo hor�rio, militantes e sindicalistas colaram cartazes no port�o com mensagens contra a privatiza��o de servi�os p�blicos e fizeram panfletagem com passageiros.

 

�s 5h, a linha 11-coral foi aberta, com circula��o restrita entre as esta��es Guaianases e Luz, onde h� conex�o com a linha 4-amarela, que opera normalmente. A linha 7-rubi tamb�m est� funcionando entre as esta��es da Luz e Caieiras.

 

O trecho em opera��o n�o atendia o destino do jardineiro Alex Nascimento, 46, que n�o teve alternativa a n�o ser ir embora para casa, lamentando o dia de trabalho perdido. "Meu servi�o � em Mogi e n�o tenho outro jeito de chegar l� sem pegar trem", disse.

 

Um dos reflexos da paralisa��o foi o movimento acima do normal no terminal de �nibus em Itaquera. Do lado de fora, na avenida Radial Leste, �nibus extras partiam lotados em dire��o ao centro da cidade. Filas se formavam rapidamente depois que os ve�culos partiam.

 

O t�cnico de servi�os gerais Hamilton Esteves, 61, tinha como destino a avenida Paulista. Sabendo da greve, saiu de casa mais cedo que de costume, mas n�o contava com as longas filas antes de conseguir embarcar no �nibus com sentido ao terminal Parque Dom Pedro II. "J� vi que o caminho vai ser demorado. Talvez atrase, mas n�o tem o que fazer. Pelo menos vou chegar", disse.

 

O que parou?

 

  • As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metr� est�o paralisadas. Na CPTM, todas as linhas administradas pelo servi�o p�blico pararam.

  • �s 5h, a linha 11-coral foi aberta, com circula��o restrita entre as esta��es Itaquera e Luz, onde h� conex�o com a linha 4-amarela, que opera normalmente.

  • As linhas 4-amarela e 5-li�s de metr�, assim como as linhas 8-diamante e 9-esmeralda, devem seguir operando nesta ter�a-feira —as quatro s�o administradas por empresas concession�rias do grupo CCR. 

 

Decis�es na Justi�a do Trabalho determinaram, na semana passada, que tanto o Metr� quanto a CPTM funcionem com capacidade total nos hor�rios de pico. Nos demais hor�rios, os funcion�rios devem garantir 80% do efetivo de funcion�rios.

 

Os funcion�rios pediram na Justi�a o direito de substituir a paralisa��o por um protesto com catracas livres, uma reivindica��o hist�rica da categoria. O TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Regi�o) recusou essa possibilidade. A ju�za Raquel Gabbai de Oliveira, que julgou a a��o sobre a greve na CPTM, aceitou o argumento da companhia de que liberar as catracas poderia provocar tumulto e risco de acidentes.

 

Consequ�ncia da paralisa��o   

A prefeitura suspendeu o rod�zio de ve�culos na cidade de S�o Paulo, nesta ter�a. Nas escolas estaduais da capital e na regi�o metropolitana, as aulas foram suspensas, mas as atividades seguem mantidas na rede municipal paulistana. O governo paulista anunciou que servi�os p�blicos estaduais de sa�de ter�o ponto facultativo.

 

Esta � a segunda greve no Metr� em 2023. A �ltima ocorreu em mar�o, quando metrovi�rios fizeram uma paralisa��o de dois dias. Na ocasi�o, eles pediam reajustes salariais e melhoria das condi��es de trabalho.

 

Os sindicatos argumentam que as concess�es de linhas de transporte e da opera��o da rede de �gua e esgoto v�o piorar a qualidade dos servi�os. Eles usam como exemplo o grande aumento das falhas nas linhas 8-diamante e 9-esmeralda, administradas pela ViaMobilidade.

 

O governador encomendou estudos para privatizar todas as linhas remanescentes da CPTM e tem a inten��o de fazer o mesmo com as linhas do Metr� administradas diretamente pela empresa p�blica. A gest�o Tarc�sio tamb�m est� preparando o projeto de lei que autorizaria o repasse da Sabesp � iniciativa privada.

 

O governo paulista Tarc�sio fez uma s�rie de cr�ticas � greve convocada para esta ter�a-feira (3/10) por sindicatos de trabalhadores do Metr�, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp.

 

Em nota divulgada no fim da tarde desta segunda, a gest�o Tarc�sio classificou a paralisa��o como "ilegal e abusiva" e que "torna ref�m a popula��o que precisa do transporte p�blico", diz o texto. Em outro trecho, afirma que � "absolutamente injustific�vel" que o direito constitucional de greve "seja sequestrado por sindicatos para ataques pol�ticos e ideol�gicos � atual gest�o".


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