
No s�bado (4), o Rio sedia a final da Libertadores da Am�rica, com jogo entre Fluminense e Boca Junior. J� no domingo (5), a cidade tem as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino M�dio).
As a��es fazem parte do refor�o na atua��o do governo federal na seguran�a do Rio de Janeiro.
O pacote do governo federal est� sendo elaborado pelo governo focado em minimizar a crise de viol�ncia no Rio de Janeiro. Ele deve ser entregue ao presidente Lula (PL) nesta ter�a.
A afirma��o de Dino foi em coletiva ap�s se reunir com representantes da Pol�cia Federal e com o ministro da Defesa, Jos� M�cio. O objetivo do encontro foi definir a atua��o das For�as Armadas no Rio.
Alguns dos principais pontos de debate, e que foram motivo de avan�os e recuos neste per�odo, s�o a seguran�a jur�dica a respeito do escopo de atua��o dos militares e o questionamento quanto a efetividade das a��es deste tipo no Rio em gest�es anteriores.O estado vive momento de crise na seguran�a p�blica, com aumento de tens�o causada por grupos criminosos na regi�o metropolitana da capital fluminense.
No �ltimo dia 23, 35 �nibus e um trem foram incendiados na zona oeste do Rio ap�s a morte de Matheus da Silva Rezende, o Faust�o, um dos l�deres da maior mil�cia do estado. O ataque foi o maior j� registrado contra o transporte p�blico fluminense e causou o caos na cidade, com vias fechadas e esta��es lotadas.
Dias antes, em 5 de outubro, tr�s m�dicos foram assassinados ap�s um deles ser confundido com um miliciano jurado de morte por um grupo rival.
A seguran�a p�blica vem sendo um dos pontos de aten��o do governo desde que Lula assumiu.
O tema passou a causar mais preocupa��o ap�s estados comandados por aliados do presidente aparecerem entre os mais violentos.
A Bahia, do aliado petista Jer�nimo Rodrigues, por exemplo, passou por uma onda de viol�ncia hist�rica em setembro, com mais de 50 mortos por PMs. O caso se transformou em um "teto de vidro" para o governo federal.
A escalada da viol�ncia no estado baiano, o avan�o da letalidade policial e os sinais trocados ao lidar com governadores aliados e advers�rios fizeram a gest�o Lula ser criticada e acusada de patinar nas crises da seguran�a p�blica, que envolvem governadores aliados e advers�rios.
Com a escalada da viol�ncia, Dino chegou a anunciar no in�cio de outubro um plano de enfrentamento ao crime organizado, mas at� o momento n�o houve um detalhamento de como a proposta ser� implementada.
Na mesma data do an�ncio, assinou portaria para refor�o da PRF (Pol�cia Rodovi�ria Federal) e envio da For�a Nacional ao Rio.
A falta de uma resposta mais efetiva colocou Dino na mira e reascendeu o debate acerca da divis�o do Minist�rio da Justi�a em dois, separando-o da Seguran�a P�blica.
Nesse cen�rio, e com o Rio no centro da escalada da viol�ncia, Dino passou a se reunir com autoridades fluminenses e de outras pastas para tentar uma solu��o.
Uma das propostas, discutida na reuni�o de hoje, foi o uso de militares na seguran�a. Como o presidente Lula (PT) disse n�o querer militares nas favelas e nas ruas, o governo passou a debater o uso das For�as nos portos, aeroportos e na fronteira terrestre.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, o Minist�rio da Justi�a tamb�m aproveitou a demanda de policiais do Rio para tentar resolver um imbr�glio antigo entre Receita Federal e PF para que ambos os �rg�os atuem de maneira conjunta nos portos e aeroportos.
O objetivo � refor�ar a patrulha nesses locais, utilizados pelo crime organizado como sa�da para o tr�fico internacional, considerado pelos investigadores como uma das principais fontes de renda do crime no Rio.
Outra medida foi o refor�o as equipes da PF que atuam no Gise (Grupo de Inqu�ritos Sens�veis), setor respons�vel pelas investiga��es de fac��es, mil�cias e tr�fico de armas.
O secret�rio executivo do Minist�rio da Justi�a, Ricardo Cappelli, do Minist�rio da Justi�a, tamb�m anunciou na segunda-feira (30) que o governo federal e o estado do Rio de Janeiro v�o criar um comit� para combater a lavagem de dinheiro de grupos criminosos.
Far�o parte do Cifra (Comit� Integrado de Investiga��o Financeira e Recupera��o de Ativos) representantes da Pol�cia Civil do Rio de Janeiro, da Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro, do Minist�rio da Justi�a, da Pol�cia Federal e da Pol�cia Rodovi�ria Federal. Haver� conversa para que o Coaf (Conselho de Controle de Ativos Financeiros) tamb�m possa atuar.
