O Brasil teve insignificante crescimento no �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Na��es Unidas (ONU) e caiu cinco posi��es, em todo o mundo, segundo amostragem da organiza��o internacional. A eleva��o foi de apenas 0,003 pontos na taxa que mensura a qualidade de vida da popula��o em 2019, em rela��o a 2018, o que coloca o pa�s no 84º lugar (pontua��o de 0,765) entre 189 pa�ses e territ�rios reconhecidos pela ONU. Quanto mais se aproxima do valor 1, maior � o desenvolvimento humano de uma na��o.
Dados divulgados pelo Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) tamb�m apontam que o Brasil � um dos campe�es de desigualdade de renda. A quest�o � cr�nica e nunca foi resolvida pelos governantes de plant�o, mas se tornou promessa eterna de campanhas eleitorais. Quando a desigualdade de renda entra no c�lculo do IDH, o pa�s perde 20 lugares entre os 150 pesquisados nessa amos- tragem, caindo dos 0,765 para 0,570, queda de 25,5%. Apesar de a renda per capita ter subido de US$ 14.182 para US$ 14.263, a desigualdade n�o diminuiu.
O Brasil tamb�m �, nesse quesito, a segunda na��o a ceder mais posi��es, atr�s apenas de Cama- r�es, pa�s de menos de um milh�o de habitantes, no Leste da �frica. A concentra��o de renda vem sendo observada em levantamentos anteriores. Ano passado, a parcela dos 10% mais ricos da popula��o brasileira ficava com 42,4% da renda total. Mais grave, o diminuto 1% mais rico abocanhava 28,3% em 2019. Pelo estudo da ONU, o Brasil fica somente atr�s do Catar, localizado na Pen�nsula Ar�bica, em concentra��o de renda.
O relat�rio de desenvolvimento humano revela, ainda, que o Brasil n�o caiu em indicadores como sa�de, mas que a estagna��o na educa��o fez o pa�s perder as cinco posi��es no IDH amplo. Desde 2016, o per�odo estimado para os estudantes permanecerem na escola parou em 15,4 anos.
A Noruega lidera o ranking da ONU, com �ndice de 0,957, seguida pela Irlanda (0,955), Su��a (0,955), Hong Kong (0,949) e Isl�ndia (0,949). A pior coloca��o � da Rep�blica do N�ger, na �frica Ocidental (0,394). Na Am�rica Latina, o Brasil fica atr�s do Chile, melhor colocado, com 0,851, Argentina (0,845), Uruguai (0,817), Cuba (0,783) e M�xico (0,779).
O estudo n�o contempla os efeitos da pandemia do novo coronav�rus. No entanto, sinaliza que todo o mundo vai regredir em desenvolvimento humano este ano, mas os �ndices s� ser�o conhecidas em 2021. Na avalia��o da ONU, a COVID-19 pode ter jogado cerca de 100 milh�es de pessoas na extrema pobreza, o que constitui novo desafio a ser enfrentado pela humanidade.