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Estado de Minas editorial

Piora das expectativas

Al�m de palavras, ser� preciso uma s�rie de a��es concretas. H� reformas importantes encalhadas no Congresso


14/09/2021 04:00

A percep��o sobre a economia brasileira vai de mal a pior. A cada semana, as proje��es colhidas pelo Banco Central junto a 100 analistas de mercado refor�am o quadro desafiador que se coloca diante do pa�s. A infla��o sobe sem parar, os juros ter�o que aumentar al�m do desejado e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) m�ngua a olhos vistos, sobretudo quando se olha para 2022. Se n�o agir rapidamente, o governo ser� apontado como o maior respons�vel pelo fracasso.

A deteriora��o dos indicadores econ�micos coincidiu com o agravamento da crise pol�tica. Quanto mais o Pal�cio do Planalto alimentava as incertezas, maior era o pessimismo entre os agentes econ�micos. No ambiente de neg�cios, n�o h� espa�o para solavancos. Quando isso acontece, o consumo das fam�lias cai, as empresas pisam no freio dos investimentos produtivos, a infla��o recobra o f�lego e o Banco Central � obrigado a pesar a m�o sobre os juros.

Pelo Boletim Focus, do BC, as expectativas para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passaram de 7,58% para 8%. Foi o 23º aumento semanal seguido. Para 2022, a estimativa saltou de 3,98% para 4,03%. Com esse recrudescimento do custo de vida, os analistas apostam que a taxa Selic chegar� em dezembro a 8% ao ano, mas n�o est� descartada a possibilidade de os juros passarem de 10% anuais. Quanto �s proje��es para o PIB, baixaram para 5,04% neste ano e para 1,72% no pr�ximo. � muito pouco para um pa�s com tantas car�ncias.

Quem acompanha o dia a dia da economia garante que, enquanto a desconfian�a perdurar, o ritmo da atividade produtiva vai permanecer ladeira abaixo, at� mergulhar na recess�o. N�o se pode esquecer que o Brasil n�o cresce, de forma consistente, desde 2014. Sem empregos suficientes e com a renda corro�da pela infla��o, o pa�s voltou a figurar no mapa da fome. Programas sociais s�o fundamentais para dar suporte � popula��o mais vulner�vel, mas nada � mais importante para a distribui��o de renda do que o crescimento econ�mico por um longo per�odo.

Alertas n�o faltam. Al�m de palavras, ser� preciso uma s�rie de a��es concretas. H� reformas importantes encalhadas no Congresso. Para retir�-las do limbo, o governo ter� de p�r fim aos conflitos e buscar a negocia��o. � esse o �nico caminho poss�vel.

Os agentes econ�micos n�o brincam em servi�o, pois dinheiro n�o aceita desaforo. Sendo assim, o rel�gio est� correndo contra o Brasil. Nos c�lculos de especialistas, n�o fosse o custo pol�tico, o d�lar, que est� pr�ximo de R$ 5,30, valeria R$ 4,50. Nesse contexto, a infla��o seria bem menor, sobretudo porque os pre�os dos combust�veis n�o estariam perto de R$ 7. A popula��o sabe o porqu� de estar arcando com uma fatura t�o pesada. E ela dar� sua resposta nas urnas em 2022. O bolso, como j� est� comprovado, � a parte mais sens�vel do ser humano.


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