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Estado de Minas Editorial

Selvageria que assusta

O combate � criminalidade n�o pode ser sin�nimo de execu��o


30/05/2022 04:00

N�o seria demais dizer que a viol�ncia policial j� pode ser enquadrada como uma trag�dia brasileira, assim como � a viol�ncia dos bandidos, o feminic�dio, a corrup��o, a fome e a mis�ria, refletida nas milhares de pessoas abandonadas nas ruas.
 
O que aconteceu na �ltima quarta-feira, em Umba�ba, interior de Sergipe, quando policiais rodovi�rios federais imobilizaram um homem portador de esquizofrenia e o jogaram no porta-malas de uma viatura cheia de fuma�a branca, � de uma crueldade assustadora, t�pica de torturadores.
Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto por asfixia mec�nica e insufici�ncia respirat�ria aguda, segundo atestou o Instituto M�dico Legal (IML) de Sergipe. A PRF divulgou nota alegando que o homem resistiu � pris�o e que, devido � sua agressividade, “foram empregados t�cnicas de imobiliza��o e instrumentos de menor potencial ofensivo”.
 
O “menor potencial ofensivo” da PRF foi suficiente para sufocar e matar Genivaldo na frente de muitas testemunhas. Imaginem s� se os policiais usassem os instrumentos de maior potencial ofensivo!
 
Ningu�m duvida que o trabalho dos policiais � de grande import�ncia para a seguran�a da sociedade e que eles enfrentam diariamente situa��es em que colocam a pr�pria vida em risco. Mas isso n�o lhes d� o direito de agir � margem da lei como se fossem bandidos.
 
O caso envolvendo Genivaldo de Jesus chama a aten��o pela forma como ele foi torturado e morto, mas o fato � que os epis�dios envolvendo viol�ncia policial t�m ocorrido com uma frequ�ncia assustadora. Basta abrir os jornais, assistir � TV ou entrar em algum site de not�cias que veremos situa��es em que policiais est�o envolvidos ou s�o suspeitos da pr�tica de crimes.
 
� preciso que seja feito um grande debate nacional sobre a a��o das pol�cias no Brasil, envolvendo especialistas em seguran�a, representantes da sociedade civil e das pr�prias corpora��es. Deixar que casos como o de Genivaldo passe em branco � jogar a toalha e se render � barb�rie.
 
Refor�a essa necessidade outro epis�dio ocorrido na �ltima semana, no Rio de Janeiro, que foi a opera��o da Pol�cia Militar fluminense e da PRF na Vila Cruzeiro. Foram prender chefes de fac��es criminosas e sa�ram de l� com 23 corpos – supostamente de bandidos – nos cambur�es.
 
O combate � criminalidade n�o pode ser sin�nimo de execu��o. E � isso que o procurador da Comiss�o de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, quer apurar se aconteceu. “Existem ind�cios de execu��es em algumas regi�es. Ind�cios de que pelo menos uma pessoa foi torturada antes de ser morta. E existem ind�cios de mortos a facadas. Ent�o, a gente est� aguardando o desenrolar da per�cia do IML para ver em que condi��es essas pessoas foram mortas”, disse o procurador.
 
� preciso apurar e, quando for o caso, punir os policiais que ultrapassam a fronteira da lei. O Brasil n�o pode virar o pa�s da barb�rie, dos justiceiros.


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