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Estado de Minas EDITORIAL

O Brasil repudia o radicalismo


15/01/2023 04:00

A democracia brasileira deu mostras de vitalidade, mas ainda est� sob clara amea�a. A demonstra��o p�blica de forte uni�o entre os tr�s Poderes, cujas sedes foram atacadas de forma vil, foi fundamental para acalmar os �nimos depois dos atos terroristas de 8 de janeiro. Contudo, s�o muitas as incertezas no meio do caminho e, mais do que nunca, a sociedade precisa se conscientizar de que n�o pode abrir m�o do compromisso com os termos da Constitui��o. O radicalismo que afrontou as institui��es permanece latente e disposto a testar todos os limites da lei. N�o h� espa�o para vacilos em rela��o aos que insistem em impor suas vontades � for�a, desrespeitando a civilidade e o que prev� a legisla��o.

O Brasil tem um triste hist�rico de golpes. O pa�s, felizmente, vive o seu mais longo per�odo democr�tico desde a Proclama��o da Rep�blica. Trata-se de uma conquista inestim�vel, que permitiu avan�os importantes para a sociedade, calada muitas vezes por meio de medidas autorit�rias. Est� claro que, a despeito das r�pidas respostas aos atos golpistas de domingo passado, cujas imagens chocaram o mundo, as feridas da democracia continuam abertas. Aqueles que a feriram continuam conspirando ao financiar, por exemplo, a��es para sabotar o funcionamento do pa�s, como a derrubada de torres de energia el�trica. A determina��o desses golpistas � criar o caos e inviabilizar o Estado democr�tico de direito.

Toda a estrutura radical que hoje atormenta o Brasil n�o surgiu ao acaso, como j� demonstrou, por diversas vezes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Come�ou a ser montada h� pelo menos 15, 20 anos, minando, aos poucos, os pilares da democracia. Primeiro, criando uma ind�stria de dissemina��o de not�cias falsas para se contrapor � imprensa tradicional. Depois, ocupando postos estrat�gicos do Poder Judici�rio. Em seguida, contestando o sistema eleitoral. Tudo foi feito de forma pensada, com o objetivo claro de surrupiar direitos constitucionais e implantar autocracias.

N�o ser� tarefa f�cil desmontar todo esse mecanismo, que se alimenta do fanatismo e da desinforma��o. Apesar de todas as imagens absurdas dos ataques ao cora��o da Rep�blica, h� uma leva significativa de brasileiros que acreditam que tudo foi feito em benef�cio do Brasil. Reverter esse quadro assustador levar� tempo e exigir� das autoridades constitu�das paci�ncia, mas tamb�m firmeza, impondo a lei, sempre respeitando os limites constitucionais. Excessos s� dar�o muni��o aos radicais, que est�o espalhados pela estrutura do Estado, pelas for�as estaduais de seguran�a e pelas For�as Armadas.

Os alertas foram dados h� tempos. Por�m, o Brasil optou por n�o enfrentar, com a��es contundentes, os movimentos desestabilizadores da democracia. Agora, chegou-se ao limite. Que ningu�m se engane apostando que a pacifica��o do pa�s ser� um processo natural, ao longo do tempo. Ser� necess�ria muita resili�ncia dos democratas. Exemplos do mundo n�o faltam. Regimes democr�ticos vistos como s�lidos ru�ram. A extrema-direita que defende autocracias cresce assustadoramente nos Estados Unidos e na Europa. �, portanto, um movimento global pronto para dilapidar o direito � liberdade e destruir a ess�ncia da pol�tica.

Uma semana se passou da barb�rie em Bras�lia. A reconstru��o das sedes dos tr�s Poderes est� em andamento, assim como a recupera��o do patrim�nio art�stico e hist�rico. Esse � o caminho. Mas n�o s�o tempos de normalidade. O golpismo continua � espreita. A defesa da ruptura do Estado democr�tico permanece presente no discurso de parcela da popula��o. Os extremistas contaminaram a m�quina p�blica. O ovo da serpente est� sendo chocado. N�o se pode fechar os olhos para essa realidade. A uni�o dos democratas at� agora se sobrep�s. E vencer�. Que todos permane�am — e muito — atentos.


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