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Estado de Minas PENSAR

Cristov�o Tezza sobre 'O filho eterno': 'Mudou a minha vida'

Maior sucesso do escritor volta �s livrarias com nova capa, fortuna cr�tica e pref�cio de S�rgio Rodrigues: 'Proeza de lucidez e desassombro'


21/04/2023 04:00 - atualizado 21/04/2023 01:47

Escritor Cristovao Tezza
Crist�v�o Tezza: "Sinto que foi um livro que j� nasceu pronto" (foto: Piu Dip/divulgacao )
Quinze anos depois de vencer os principais pr�mios liter�rios do pa�s e de se tornar o primeiro best seller da carreira de Cristov�o Tezza, “O filho eterno” volta �s livrarias. “Fiz uma releitura com pente fino para esta edi��o especial da Record, mas n�o encontrei nada para mudar, al�m de pequenos cacos de estilo. Sinto que, ao contr�rio do que normalmente acontece comigo, foi um livro que j� nasceu pronto”, afirma o escritor ao Pensar. “� raro um romance brasileiro que consiga se comunicar t�o bem com um vasto n�mero de leitores sem fazer concess�es �s receitas editoriais da moda ou a outras estrat�gias comerciais”, lembra S�rgio Rodrigues no pref�cio da nova edi��o, antes de analisar um dos motivos do �xito de “O filho eterno”: “Uma hist�ria que � mais tocante justamente por ser uma proeza de lucidez e desassombro, avessa a todas as tenta��es da autocomisera��o, da autojustifica��o e do sentimentalismo.”

Com nova capa, a 24ª edi��o de “O filho eterno” traz tamb�m fortuna cr�tica com reprodu��o de trechos de resenhas publicadas no Brasil, Portugal, It�lia, Fran�a e Austr�lia. “Do ponto de vista pr�tico, o sucesso do livro acabou por mudar minha vida. Gra�as a ele, sa� da universidade e passei a me dedicar exclusivamente � literatura, um velho sonho. Literariamente, enfrentei pela primeira (e �nica) vez, um tema dif�cil, obscuro, estritamente pessoal – o nascimento do meu primeiro filho, com s�ndrome de Down. Tinha tudo para dar errado, pela amea�a da falsifica��o sentimental ou da pura catarse, mas acabou misteriosamente dando certo, talvez pela dist�ncia. Esperei mais de vinte anos para escrever esse romance”, conta Tezza.
“Para mim, ‘O filho eterno’ funcionou como um ‘pontap� na porta’ de alguns preconceitos liter�rios que vinham me prendendo como marca de parte da minha gera��o – por exemplo, a ideia formalizante de voc� jamais se colocar no texto. Hoje, com a internet, isso virou do avesso”, lembra o autor. “Mas h� aspectos t�cnicos da escrita que amadureceram a partir daquele momento, como algum controle da simultaneidade do tempo, a representa��o do tempo como um fator ativo e essencial da percep��o da realidade. Em todos os meus romances subsequentes este olhar do tempo est� presente como constitui��o romanesca. Mas, como em tudo que escrevo, aconteceu mais por intui��o que por planejamento.”


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