
Com nova capa, a 24ª edi��o de “O filho eterno” traz tamb�m fortuna cr�tica com reprodu��o de trechos de resenhas publicadas no Brasil, Portugal, It�lia, Fran�a e Austr�lia. “Do ponto de vista pr�tico, o sucesso do livro acabou por mudar minha vida. Gra�as a ele, sa� da universidade e passei a me dedicar exclusivamente � literatura, um velho sonho. Literariamente, enfrentei pela primeira (e �nica) vez, um tema dif�cil, obscuro, estritamente pessoal – o nascimento do meu primeiro filho, com s�ndrome de Down. Tinha tudo para dar errado, pela amea�a da falsifica��o sentimental ou da pura catarse, mas acabou misteriosamente dando certo, talvez pela dist�ncia. Esperei mais de vinte anos para escrever esse romance”, conta Tezza.
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“Para mim, ‘O filho eterno’ funcionou como um ‘pontap� na porta’ de alguns preconceitos liter�rios que vinham me prendendo como marca de parte da minha gera��o – por exemplo, a ideia formalizante de voc� jamais se colocar no texto. Hoje, com a internet, isso virou do avesso”, lembra o autor. “Mas h� aspectos t�cnicos da escrita que amadureceram a partir daquele momento, como algum controle da simultaneidade do tempo, a representa��o do tempo como um fator ativo e essencial da percep��o da realidade. Em todos os meus romances subsequentes este olhar do tempo est� presente como constitui��o romanesca. Mas, como em tudo que escrevo, aconteceu mais por intui��o que por planejamento.”