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Estado de Minas PENSAR

Livros de Maria Jos� Silveira recriam os conflitos brasileiros

Na envolvente saga familiar 'Farejador de �guas', escritora goiana volta a entrela�ar fatos hist�ricos com personagens e tramas fict�cias


01/09/2023 04:00 - atualizado 31/08/2023 22:50
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Maria José Silveira
Maria Jos� Silveira (foto: Quinho)
O amor pelo cerrado e a preocupa��o com o poss�vel desaparecimento do bioma levaram Maria Jos� Silveira a escrever “Farejador de �guas” (Instante). O mais recente romance da escritora nascida em Goi�nia e radicada em S�o Paulo � uma saga familiar iniciada com uma cita��o de Ailton Krenak (“O futuro � ancestral. Ele � tudo que j� existia. Ele n�o � o que est� l� em algum lugar, ele est� aqui.”) e que entrela�a personagens fict�cios com fatos hist�ricos, sociais, pol�ticos e religiosos que marcaram o centro do Brasil ao longo dos �ltimos 100 anos. 

Dividido em oito partes, “Farejador de �guas” tem imagens fortes, como a passagem da Coluna Prestes pela vastid�o do cerrado e pelos “arruados, povoados, vilas, vilarejos, pequenas cidades” do Centro-Oeste do pa�s.  Personagens marcantes como o “farejador” Minino, encarregado de identificar as nascentes de rios para saciar a sede dos insurgentes e sua companheira, Maria Branca, se juntam aos “revoltosos contra o governo de Arthur Bernardes que querem melhorar a vida do pa�s e do povo.” 

Em mais uma demonstra��o de plena desenvoltura na articula��o entre acontecimentos reais e cria��es ficcionais, como j� fizera em livros como “Maria Altamira” (que se inicia com uma “cidade sepultada” por um vulc�o e chega at� o desequil�brio ambiental provocado pela usina de Belo Monte) e “Guerra no cora��o do cerrado” (vers�o romanceada da vida de Damiana da Cunha, lideran�a da etnia kayap�-panar�, que serviu de ponte entre a sua cultura e a do colonizador branco), Maria Jos� Silveira conduz a trama com m�o firme ao longo de quase um s�culo de “grandes transforma��es” no Centro-Oeste, como a constru��o de Bras�lia.
 

Leia: Paulliny Tort: 'Procurei olhar para as transforma��es da regi�o'  

 
Ela ainda nos oferece frases de efeito capazes de resumir o estado emocional de seus personagens: “Sentimento ruim � rio que afoga a gente.” Como ocorreu nas obras anteriores, ela faz dos efeitos do tempo, “esse grande apaziguador das dores”, o protagonista maior do nono romance.  

As dores podem at� ser apaziguadas pelo decurso do tempo, mas as lutas brasileiras – pela terra, pela �gua, pela preserva��o de seus biomas, pelos direitos dos povos ind�genas, pelo protagonismo feminino – continuam a motivar a escritora, formada em comunica��o social e antropologia, a criar suas hist�rias.
 

'Assim, quando as minas da regi�o foram finalmente descobertas, os primeiros combates dessa guerra j� tinham sido travados. Os �dios estavam instaurados e, a qualquer contato, entravam em ebuli��o. E, se algumas tribos ind�genas do Centro-Oeste eram mais d�ceis e f�ceis de serem aprisionadas, como a dos goy�s, outras, como a dos cayap�s, respondiam na mesma moeda a qualquer avan�o branco.'

('Guerra no cora��o do cerrado', 2006)

  

Leia, abaixo, a entrevista de Maria Jos� Silveira ao Pensar do Estado de Minas com cita��es de trechos de “Farejador de �guas” e refer�ncias a outros livros da autora.  
 
Como nasce “Farejador de �guas”?
 
Quase sempre os meus romances nascem de quest�es que vejo ao meu redor. Quest�es que me mobilizam, me apaixonam e me fazem dedicar um, dois anos de minha vida a pensar e escrever sobre elas. 
 
Foi assim desde o meu primeiro romance, “A m�e da m�e de sua m�e e suas filhas”, onde crio uma linhagem de m�es brasileiras para entender como a grande mesti�agem de nosso pa�s poderia ter se dado.
 
Com “Farejador de �guas”, quis tratar do cerrado, nosso bioma t�o esquecido e amea�ado no decorrer dos �ltimos 100 anos. Poucos o valorizam e pouqu�ssimos t�m se dado conta de como o agroneg�cio vem desmatando-o e colocando-o em um processo quase irrevers�vel de extin��o – � raro voc� ler uma not�cia, como a que saiu recentemente, denunciando que o desmatamento do cerrado cresceu mais neste ano do que o da Amaz�nia.
 
Portanto, o “quase” antes do irrevers�vel vem do meu “wishful thinking” ou, em bom portugu�s, minha doce ilus�o. E para contar esse processo de extin��o, acompanho meus personagens Z� Minino e Maria Branca, com sua fam�lia de cinco filhos, desde a passagem da Coluna Prestes por Goi�s at� mais ou menos os dias de hoje. 
 

Leia: 'Vale o que t� escrito' impressiona pela vitalidade e energia 

 

Como a literatura a fez perceber a for�a de sua origem e que trazia a sua terra com voc�?
 
Esse � um sentimento cujo fundamento, acredito, est� nos anos de nossa inf�ncia. Muitos escritores reconhecem isso, inclusive Machado de Assis que escreveu: “... por maior que tenha sido a aus�ncia, o lugar onde algu�m passou os primeiros anos h� de dizer � mem�ria e ao cora��o uma linguagem particular.”
 
Como goiana que saiu cedo de sua terra, a ponto de esquecer o quanto essa influ�ncia me era profunda, s� vim a reconhecer esse sentimento quando de fato comecei a escrever. O ato da escrita tem a capacidade de revolver nossas caracter�sticas mais profundas, entre elas, muito particularmente, a inf�ncia.  

Na apresenta��o de seu romance, voc� revela que o desejo de escrever “Farejador de �guas” veio da compreens�o da pr�pria ignor�ncia a respeito do cerrado, “do que significavam suas �rvores baixas e retorcidas.” O que descobriu sobre o significado desse ecossistema para voc� e para o pa�s?
 
Li bastante sobre o cerrado, mas foram os artigos e entrevistas de Altair Sales Barbosa, talvez o cientista que mais entende desse bioma, que me alertaram sobre um fato extraordin�rio.
 
As �rvores desvalorizadas do cerrado, por raqu�ticas, baixas, feiosas, est�o entre as mais antigas do planeta e desenvolveram certas caracter�sticas que aprofundam no solo suas ra�zes e as tornam fatores de enorme import�ncia para transportar �gua e, assim, contribu�rem para a forma��o dos maiores aqu�feros do pa�s.
 
Alguns at� a consideram como uma “floresta de cabe�a para baixo”. Outros as subestimam. Poucos se d�o conta de que seu desmatamento significa uma grav�ssima amea�a a nossas �guas.  
 
 

Como foi entrela�ar fatos que marcaram a hist�ria do Brasil ao longo de um s�culo com a cria��o ficcional?
 
Amo entrela�ar esses fatos. Meu orientador do mestrado na USP, Juarez Brand�o Lopes, saudoso intelectual e professor, dizia que, para mim, a pesquisa parecia uma habilidade natural.
 
Logo no meu primeiro romance, senti que para a escrita de fic��o ela tamb�m seria. Fora “Pauliceia de mil dentes”, romance sobre a S�o Paulo em que vivo, e “Aqui.
 
Neste lugar.”, romance aleg�rico e dist�pico que tem nossos mitos e lendas como personagens, em todos os meus outros romances, eu trabalho com pesquisas. Gosto de apoiar meus personagens nas circunst�ncias de seu entorno; d� mais sentido a eles, acredito.
 
Creio que a grande dificuldade que se apresenta, no meu caso, ao tratar de quest�es que, a princ�pio, podem parecer abstratas – como a extin��o do cerrado, a miscigena��o brasileira, a Usina de Belo Monte – � encontrar os protagonistas para viv�-las, ou concretiz�-las, o que fa�o, claro, antes de come�ar a escrita. Depois de encontr�-los, a fic��o abre o caminho e tudo vai se encaixando.      

A primeira parte de “Farejador” tem a Coluna Prestes como mola propulsora das a��es de seus personagens.  O que mais a atrai nesse fato hist�rico? Por que n�o � t�o conhecido pela popula��o brasileira?
 
De fato, s�o poucos os livros sobre a Coluna a que pude ter acesso no momento em que escrevia o livro, e nem todos bons. Como digo nos agradecimentos, “A noite das grandes fogueiras”, de Domingos Meirelles, foi meu apoio em rela��o a essa parte. � preciso que eu diga, no entanto, que meu foco n�o era a Grande Marcha que agitou o interior e o imagin�rio do pa�s.
 
Ela foi algo portentoso que, certamente, daria um romance �pico, mas n�o era esse meu prop�sito; a Coluna s� entra em meu romance como uma etapa de forma��o para meus protagonistas.
 
Atrav�s dela, quis dar a eles a possibilidade de se afastar da mesmice da vidinha isolada do pequeno produtor naqueles anos. Quis faz�-los conhecer mais do pa�s e da necessidade de sua transforma��o, algo que ir� marc�-los profundamente.
 
E � mesmo uma pena que esse fato hist�rico (a Coluna Prestes) tenha sumido na convuls�o de tantos outros fatos hist�ricos. Talvez por sua complexidade, suas contradi��es, as trai��es sofridas, o abandono de muitos de seus l�deres ao objetivo de continuar a luta, os confrontos entre ideias talvez muito avan�adas para um pa�s arraigadamente injusto, as caracter�sticas do partido do qual Prestes se tornou um l�der autorit�rio – e tamb�m as quest�es ideol�gicas, com certeza.
 
Todas essas dificuldades podem ter propiciado seu esquecimento. Mas quem sabe algum escritor, algum dia, possa resolver enfrentar tudo isso e criar um �pico nacional? Gostaria de poder ler um romance assim.

Como a religiosidade, “o misticismo calado fundo no peito”, influencia o rumo de seus personagens? O que mais a fascina na hist�ria de Santa Dica e sua “Rep�blica dos Anjos” e como foi transportar essa hist�ria para o romance?   
 
Santa Dica, a “Conselheiro de saias”, foi um peda�o fascinante da hist�ria de Goi�s. Ela, jovem mulher de constitui��o fr�gil, ousou enfrentar coron�is e os poderes da Igreja Cat�lica para dar terra e trabalho a quem fugia da situa��o de mis�ria e opress�o.
 
Distribuiu terras de sua fazenda Mozond� e criou uma comunidade que a tinha como santa milagrosa, ao mesmo tempo em que criou e comandou um ex�rcito que a defendia das in�meras tentativas dos seus inimigos. Figura t�pica das sociedades camponesas, Santa Dica provocou a ira dos grandes propriet�rios de terra da �poca, que conseguiram lev�-la � pris�o por duas vezes.
 
No entanto, h� controv�rsias sobre sua rela��o com a Coluna Prestes. No meu romance, assumo a vers�o dos que a colocam como aliada, pois o prop�sito de defender os brasileiros espoliados e enfrentar os coron�is era comum a ela e aos oficiais que lideravam a Marcha pelo sert�o. Achei essa vers�o mais coerente.      

“Farejador”, na parte chamada de “Grandes transforma��es”, tem uma reconstitui��o da constru��o de Bras�lia. Qual o impacto da nova capital para o Centro-Oeste e para o imagin�rio nacional?  
 
A constru��o da capital do pa�s no Centro-Oeste era sonho antigo dos brasileiros e, muito especialmente, dos goianos que trabalharam arduamente para que o local escolhido para sua constru��o fosse em Goi�s. Venceram essa batalha que transformou toda uma extensa regi�o que, at� ent�o, era bastante isolada do restante do pa�s. Abriram-se estradas, ligaram lugares distantes, e o impacto foi ineg�vel.
 
O carisma de JK e a capacidade de erguer uma cidade t�o moderna quanto Bras�lia, no Planalto Central, quase da noite para o dia, provocou um sentimento de espanto, esperan�a e admira��o por todo lado. No meu romance, “O fantasma de Lu�s Bu�uel”, falo sobre essa constru��o. T�o logo foi inaugurada, as belas colunas do Pal�cio do Alvorada se espalharam de norte a sul; garrafinhas cheias de sua terra vermelha eram vendidas como lembran�as; e a oposi��o a sua constru��o foi se tornando ris�vel.
 
Como n�o poderia deixar de ser, grileiros e oportunistas tamb�m correram atr�s das oportunidades que se abriam com as estradas, e provocaram grandes conflitos pelo interior, como foi o caso da revolta de Trombas e Formoso, que come�a com a chegada dos grileiros � regi�o, atra�dos pela riqueza que a abertura das estradas traria. Para os meus personagens, as mudan�as foram tremendas. Z� Minino e seus filhos participam de tudo isso.

Como voc� determina, a cada romance, o momento de encerrar a pesquisa hist�rica e iniciar a cria��o liter�ria? Ou estas etapas jamais se separam?
 
Quando percebo que j� tenho o material que me interessa anotado em minha caderneta de trabalho, fecho a pesquisa e come�o a escrever. Entro no mundo da fic��o, e consulto minhas anota��es apenas quando � preciso. Posso escrever muitas p�ginas sem consult�-las porque, ent�o, � a imagina��o e a linguagem que fazem seu trabalho.  
 
“De que � feito um rio?, ele se perguntava. �gua, tempo e a terra que lhe d� o leito.” E do que � feito um romance? 
 
Paix�o, palavras, e o movimento que o tempo provoca. Paix�o, porque sem ela � imposs�vel escrever sobre qualquer tema. Palavras, porque s�o elas que nos amparam. E movimento que o tempo provoca porque, sem movimentos e sem o atravessar do tempo, adeus romance.

O livro “Aqui. Neste lugar.” � dedicado a M�rio de Andrade. Por que voc� considera “Macuna�ma” como “um de nossos primeiros romances-fantasia” e qual o di�logo que estabeleceu entre o seu romance com a obra de M�rio? 
 
“Macuna�ma”, obra-prima do modernismo que revolucionou nossa literatura, � considerado um romance-fantasia por muitos estudiosos. Eu apenas os sigo. Como sigo tanto M�rio como Oswald, esses dois irm�os-que-nunca-fizeram-as-pazes e, cada um, a sua maneira, revolucionou a literatura brasileira.
 
Comecei a escrever esse meu romance em um momento muito doloroso em minha vida, quando meu irm�o mais velho estava hospitalizado por quase dois anos, e a cada dia com menos esperan�a.  O que eu queria, naqueles dias, ao me sentar frente ao meu computador, era literalmente fugir dessa grande tristeza.
 
Pensei, ent�o, em escrever sobre nossos mitos e lendas, ainda que n�o soubesse para onde eles me levariam. E aconteceu que o ato de escrever, naqueles dias, acabou me trazendo v�rios elementos inspirados pelo “Macuna�ma” do Mario.
 
Inclusive a ousadia de transformar “nosso her�i” nos g�meos Macu e Na�ma, e fazer do romance algo bem diferente do que costumo fazer. Assim, quando terminei, vi que “Aqui. Neste lugar.” s� poderia mesmo ser dedicado a ele.  

“Maria Altamira” tamb�m traz uma saga familiar e que chega � constru��o da usina hidrel�trica de Belo Monte. O que a levou a escrever esse romance? 
 
Era um momento em que os jornais publicavam muito sobre a constru��o da usina de Belo Monte, e como antrop�loga que sou, j� era poss�vel prever algo das consequ�ncias que isso traria para os ribeirinhos e ind�genas da regi�o.
 
Mas a fa�sca para o romance aconteceu quando vi uma passeata de ind�genas e apoiadores passar debaixo da minha janela, gritando o slogan “Vem pra rua, vem! Contra Belo Monte, vem!” Eu fui, e voltei decidida a escrever o romance.
 
Mas entendi que faltava algo, e me lembrei de Yungai, nos Andes peruanos, cidade que foi totalmente soterrada por uma monstruosa avalanche, provocada por um terremoto. Pensei em colocar lado a lado essas duas cat�strofes: uma provocada pela natureza; a outra, por uma decis�o humana.
 
Comecei a escrever a parte de Yungai, que eu conhecia porque morei quatro anos no Peru. Quando quis passar para a parte de Belo Monte, soube que deveria conhecer a cidade de Altamira e o Rio Xingu, os ribeirinhos e os ind�genas.
 
Foi a decis�o mais acertada que j� tomei em rela��o � escrita de um romance. Tive a sorte de poder contar com o apoio do ISA (Instituto S�cio Ambiental) e voltei de l� com clareza sobre o que e como escrever a hist�ria. 

Voltando � apresenta��o de “Farejador de �guas”, voc� define as tramas contidas no romance como “hist�rias de luta que aconteceram, acontecem e ainda por muito tempo acontecer�o em nosso pa�s.” Estas s�o as hist�rias de seus livros?
 
Que pergunta certeira! Nunca havia pensado nisso assim, mas creio que essa pode ser uma boa defini��o para o que fa�o. As lutas fazem parte de nossa humanidade, coletiva e individualmente.
 
Elas nos fazem mais solid�rios, mais interessados no outro ao nosso lado, mais generosos. Elas transformam o mundo e, junto com ele, nos transforma. N�o que o mundo hoje seja l� grande coisa, mas sem elas, onde estar�amos?   
 
 
Trecho

(De “Farejador de �guas”, de Maria Jos� Silveira)
 
“Tinha dias em que a paisagem ralentava a marcha, um verde e novo alegre nas serras, um vale escancarado de flores amarelas, uns ip�s e flamboyants com tons de amarelo, roxo, rosa, branco espocando aqui e ali, o ar de fragr�ncias, uns galhos de buriti al�ados pela gra�a das �guas a seus p�s e as aves em volta, tudo isso fazia com que oficiais e soldados sorvessem com os olhos o dom de uma beleza esquecida. Sentiam-se mais leves, mais confiantes. Sorriam. Descobriam a boniteza do cerrado.”
 
*
 
E, se era bem verdade que quando a Coluna entrava em alguma cidade era ou bem recebida ou v�tima de emboscada, tudo dependia do poder pol�tico da regi�o e da fama que a precedia. Boa ou m�, era essa fama que ia abrindo ou complicando os caminhos. Porque, al�m da guerra das armas, havia a guerra das not�cias. Era a imprensa alarmista e enganosa a favor do governo e contra as a��es dos revolucion�rios e os poucos panfletos da Coluna. Os jornais da cidade contra as folhas dobradas dos revoltosos.”
 

Depoimento

 
“Quest�es reais em harmonia com a fic��o”

“Em 2019, quando lemos o original de ‘Maria Altamira’, acreditamos na for�a da hist�ria e imediatamente o contratamos. A mesma situa��o se deu no ano passado, quando recebemos o texto de ‘Farejador de �guas’. Os dois livros t�m em comum a abordagem de quest�es sociais e a men��o a personagens e acontecimentos reais, os quais convivem de maneira harmoniosa com personagens e eventos fict�cios. 
 
A escrita inventiva e envolvente de Maria Jos� tamb�m possui a caracter�stica de capturar o leitor para o ambiente da narrativa. E suas hist�rias ainda nos permitem conhecer as terras de um Brasil quase esquecido, como Altamira, no Par�, em‘Maria Altamira’, e algumas localidades de Goi�s, estado natal da escritora, em ‘Farejador de �guas’. Para a Instante, � um privil�gio ter Maria Jos� Silveira em seu cat�logo, escritora que merece maior reconhecimento pela riqueza e pela contemporaneidade de sua obra.”

Silvio Testa, editor da Instante 
 
 
“Farejador de �guas”
  • De Maria Jos� Silveira
  • Editora Instante
  • 256 p�ginas
  • R$ 74,90 


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