Dilma nega defender sigilo eterno para dados secretos

A presidente Dilma Rousseff negou, nesta quinta-feira, que defenda a manuten��o do sigilo eterno de documentos ultrassecretos arquivados pelo governo. "� p�blico e not�rio que eu era a favor de abrir todos os documentos", afirmou. No entanto, Dilma salientou que, a pedido do Minist�rio da Defesa e do Itamaraty, a lei que regula essa pr�tica abre brechas para tr�s tipos de documentos.

"Por pondera��o da Defesa e das Rela��es Exteriores, tolerar�amos a classifica��o de ultrassecreto para documentos cujo acesso possa ocasionar amea�a � soberania nacional, integridade do territ�rio nacional e grave risco �s rela��es internacionais do Pa�s", disse a presidente, durante entrevista ap�s o an�ncio do Plano Safra 2011/2012, em Ribeir�o Preto (SP). Dilma recha�ou ainda a possibilidade de que documentos sobre direitos humanos sejam mantidos em sigilo e afirmou que outros documentos, cujo sigilo perdurar� por 25 anos, precisam de uma s�rie de argumentos para n�o serem revelados. "No que se refere a direitos humanos, n�o existe caso que possa ser ultrassecreto" disse. "E para quem n�o quiser abrir (os restantes) depois dos 25 anos, tem de fazer justificativa para uma comiss�o, fundamentar bem e ainda tem de ser aceito".