A ministra do Planejamento, Miriam Blechior, defendeu nesta ter�a-feira o sigilo do or�amento das obras da Copa do Mundo de 2014, que est� em discuss�o no Congresso Nacional, como forma de conseguir baratear os custos. ''O governo acha que isso � melhor para conseguir melhores propostas, para economizar recursos p�blicos e inibir eventuais combina��es entre as empresas. Isso existe em v�rios pa�ses, portanto o governo segue com sua posi��o da import�ncia de ter mecanismos de garantir pre�os mais baixos nas licita��es'', argumentou.
Segundo a ministra, quando o valor � divulgado, as empresas enviam valores pr�ximos ao estipulado. ''Queremos reservar [n�o divulgar] esse valor para garantir que as empresas realmente fa�am uma competi��o entre si e n�o usem esse valor como a base, o que n�o induz � redu��o do pre�o. Se eu falo que � R$ 100, um p�e R$ 99,90, outro R$ 99,80 e outro R$ 99,50.'' Ela acredita que a disputa ser� mais justa e o pre�o tende a cair. ''� isso que interessa para a administra��o p�blica [a queda nos or�amentos apresentados]'', disse Miriam. Ela ressaltou que os valores estar�o dispon�veis para os �rg�os de controle e negou que a proposta atrapalhe a transpar�ncia do processo licitat�rio. ''A informa��o estar� dispon�vel para os �rg�os de controle. Ela s� ficar� reservada na primeira etapa do processo, aberta as propostas comerciais, esse n�mero vem a p�blico. N�o h� nenhuma inten��o de encobrir informa��es, pelo contr�rio, queremos garantir melhores condi��es para a administra��o p�blica. A execu��o ser� toda acompanhada'', garantiu. A pol�mica sobre o sigilo do or�amento de obras da Copa come�ou na semana passada, quando a C�mara dos Deputados aprovou a medida provis�ria que institui o Regime Diferenciado de Contrata��es (RDC) p�blicas, o que foi criticado por entidades e pela oposi��o. A ministra do Planejamento reconheceu, no entanto, que altera��es podem ser feitas � MP enviada pelo governo ao Congresso Nacional. ''O Congresso � soberano para decidir. O governo mandou a proposta, vamos ver o que o vai acontecer no Congresso'', disse.