Press�o de Dilma ajudou a aprovar Comiss�o da Verdade

Apesar do dia intenso na quarta-feira, em Nova York - quando abriu a 66ª Assembleia Geral das Na��es Unidas e recebeu cinco chefes de Estado - a presidente Dilma Rousseff trabalhou para ver a comiss�o da Verdade aprovada pelo Congresso. Em contato direto com a ministra da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, a presidente ajudou a pressionar os deputados para que terminassem a vota��o ainda na noite de quarta-feira. Hoje, em entrevista aos jornalistas brasileiros que acompanhavam a visita a presidente registrou a aprova��o com apenas uma frase: "Acredito que � importante para o Brasil e para a posi��o do Brasil diante do mundo".

No Congresso, o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ser� o relator do projeto de lei que cria a Comiss�o, um grupo de trabalho que ficar� encarregado de examinar e esclarecer as viola��es de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. O nome de Aloysio Nunes, que foi perseguido pol�tico durante a ditadura militar, para relatar a Comiss�o da Verdade j� recebeu o aval do presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP).

O projeto de lei come�a a tramitar na semana que vem na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a do Senado. A ideia � que Aloysio Nunes n�o fa�a mudan�as na proposta, mantendo o texto aprovado pelos deputados. "Acho que a proposta precisa passar s� na CCJ. A ideia � que o senador Aloysio seja o relator na comiss�o e tamb�m no plen�rio", disse o l�der do PT, senador Humberto Costa (PE). Aloysio Nunes confirmou que dever� ser o "prov�vel relator", mas disse que n�o iria se pronunciar enquanto n�o for oficializado no cargo.

Segundo o l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR), n�o haver� rito especial de tramita��o para o projeto da Comiss�o da Verdade. "N�o tem sangria desatada para votar o projeto. Sempre que posso tenho o cuidado de dar espa�o para o debate das mat�rias que n�o t�m prazo", afirmou Juc�.