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Estado de Minas

Delega��o de Dilma reconhece que corrup��o na Bulg�ria pode dificultar acordos bilaterais

Rec�m-chegada na Bulg�ria, a presidente faz promessas de aproxima��o entre Brasil e a terra dos Rousseff


postado em 05/10/2011 07:38 / atualizado em 05/10/2011 08:19

Dilma posa com brasileiros em Sófia, nesta quarta. Presidente da Bulgária, Georgi Parvanov, observa (foto: Roberto Stuckert Filho/PR )
Dilma posa com brasileiros em S�fia, nesta quarta. Presidente da Bulg�ria, Georgi Parvanov, observa (foto: Roberto Stuckert Filho/PR )
A presidente Dilma Rousseff desembarcou na noite dessa ter�a-feira na Bulg�ria com status de l�der de superpot�ncia, com direito a um batalh�o de mais de 150 jornalistas credenciados para sua visita e at� com o poder de suspender a campanha eleitoral no pa�s. No entanto, se o discurso � de promessas de aproxima��o com a terra do pai dela, a delega��o brasileira admite nos bastidores que a corrup��o na Bulg�ria � um obst�culo para a coopera��o e uma saia-justa para a presidente.


O fato de o governo Dilma j� ter perdido ministros por conta dos esc�ndalos de corrup��o n�o foi ignorado pela imprensa local. Na BTV, principal rede de televis�o privada, a �ncora Anna Tsolova deixou claro que o que “une Brasil e Bulg�ria” tamb�m inclui a quest�o da corrup��o.

O Partido Socialista b�lgaro foi acusado de usar recursos da Uni�o Europeia para financiar sua campanha eleitoral h� alguns anos. O resultado foi a suspens�o do repasse de dinheiro para o pa�s, o mais pobre do bloco, algo in�dito na UE. O novo governo, da direita populista, n�o ficou isento dos esc�ndalos e o pa�s at� hoje � considerado o mais problem�tico no bloco.

Ao tentar encontrar �rea de coopera��o para propor aos b�lgaros, o Brasil esbarrou justamente no fato de que transferir dinheiro para a Bulg�ria n�o � sin�nimo de resultados. Uma das op��es em estudo � fazer uma coopera��o triangular, emprestando o know-how brasileiro em v�rias �reas p�blicas, mas insistindo em que o financiamento venha de Bruxelas.

Outra ideia � ajudar os b�lgaros a desenvolver projetos que possam evitar o desvio de recursos. Na pr�tica, Dilma poria em sua pol�tica externa parte da imagem que j� quer passar internamente e lhe vem garantindo certa popularidade.

Conte�do

Na delega��o brasileira, o esfor�o todo � ainda o de colocar conte�do na visita. Os b�lgaros vem repetindo com insist�ncia que o Brasil seria a salva��o para sua economia em recess�o, com uma sociedade empobrecida e sem perspectivas de expans�o econ�mica.A dificuldade � encontrar quem esteja interessado em fechar neg�cios numa rela��o com fluxo comercial insignificante, de apenas US$ 113 milh�es. Ontem, o pr�prio assessor especial da Presid�ncia, Marco Aur�lio Garcia, admitia que o aumento no volume de com�rcio n�o ocorrer� “de um dia para o outro”.

Alguns dos presidentes de empresas que estar�o na Bulg�ria tentaram driblar a viagem, enviando diretores. Mas foram convocados pessoalmente por Dilma para se deslocar at� S�fia. O acordo comercial que ser� fechado hoje, ainda que sem conte�do concreto, na realidade j� estava sendo negociado mesmo antes da elei��o de Dilma.

S�fia ainda insiste em anunciar o interesse da Embraer pelo pa�s para onde foram vendidos quatro jatos, como se fosse produto da aproxima��o bilateral. Mas a empresa brasileira nem sequer vendeu os avi�es diretamente para a Bulg�ria. Uma empresa americana os comprou e fechou um contrato de leasing com S�fia.


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