O Conselho de �tica do Senado dever� aceitar nesta ter�a o pedido de abertura de processo disciplinar contra o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO). Ser� o primeiro passo para o in�cio do processo de cassa��o do mandato do senador que aparece na opera��o Monte Carlo, da Pol�cia Federal, como um dos integrantes da organiza��o do contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido por Carlinhos Cachoeira. A expectativa � que o relat�rio do senador Humberto Costa (PT-PE) com o pedido de abertura do processo seja aprovado com a unanimidade dos votos dos 15 conselheiros.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro dever� tentar adiar a vota��o prevista para esta ter�a de manh� do relat�rio. Kakay, como � conhecido, pretende insistir na concess�o de novo prazo para apresenta��o de defesa para seu cliente. A tend�ncia, no entanto, � que o pedido seja novamente negado pelo presidente do Conselho �tica, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Na semana passada, dizendo-se surpreendido com o teor do relat�rio de Costa, Kakay solicitou mais tempo para preparar uma nova defesa, mas teve sua demanda rejeitada por Valadares.
Com a prov�vel aprova��o desta ter�a do pedido de abertura de processo por falta de decoro, o pr�ximo passo do Conselho ser� a convoca��o de duas testemunhas: o pr�prio Dem�stenes Torres e Carlinhos Cachoeira. A expectativa � que o relat�rio final de Costa seja votado no Conselho de �tica at� o final de junho. A vota��o do eventual pedido de cassa��o do mandato de Dem�stenes dever� ocorrer at� o dia 17 de julho, antes do in�cio do recesso parlamentar.
Ao defender a abertura de processo disciplinar, o relator afirmou que Dem�stenes teria conhecimento das atividades il�citas de Cachoeira. Costa argumentou que, como ex-procurador de Justi�a e ex-secret�rio de seguran�a de Goi�s, Dem�stenes n�o tinha como desconhecer as atividades de "contraven��o" de Cachoeira alardeadas durante a CPI dos Bingos do Senado, em 2006. Para pedir a abertura do processo, Costa acusou Dem�stenes de ter recebido "vantagem indevida" ao aceitar um aparelho de r�dio-celular Nextel do contraventor. Esse foi um dos aparelhos de telefone grampeados pelo Pol�cia Federal em que foram detectadas quase 300 conversas entre Cachoeira e Dem�stenes.