O procurador geral da Rep�blica Roberto Gurgel declarou nesta ter�a que a prova contra o ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil) no esquema do mensal�o "� mais que robusta, ela � contundente".
Nos autos da a��o penal 470, Gurgel pede a condena��o do ex-ministro por crimes de corrup��o ativa e forma��o de quadrilha. No �ltimo memorial que entregou aos onze ministros do STF, Gurgel elencou 11 depoimentos de testemunhas que indicam o envolvimento de Dirceu no mensal�o. Mas n�o apontou documentos.
O procurador afirmou n�o ter d�vidas que o ex-ministro da Casa Civil era um homem muito influente. Ele fez o coment�rio ao ser indagado sobre reportagem publicada no final de semana pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre as liga��es do ex-ministro com o PT e assuntos do partido no per�odo em que ele esteve na Casa Civil. "Sem d�vida nenhuma ele era uma pessoa de grande influ�ncia", afirmou.
Ele n�o admite que a prova baseada em testemunhos torna-se fr�gil. "De forma alguma, a prova testemunhal tem rigorosamente o mesmo valor das demais provas que o nosso Direito admite. E a prova, como eu tenho dito, ela � mais que robusta, ela � contundente."
Sobre o voto do relator, ministro Joaquim Barbosa, que condenou o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato por desvios de R$ 73 milh�es, o procurador-geral foi enf�tico. "Temos que analisar cada aspecto e ali o que estava em jogo era esse desvio de recursos p�blicos via Banco do Brasil a partir dos contratos firmados com as empresas de Marcos Val�rio. Naquele momento era o que estava em jogo. O restante depende da an�lise de todo o conjunto do esquema criminoso."
