Por volta das 14h30 desta quarta-feira, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) come�aram uma nova sess�o que julga a a��o penal 470, conhecida como mensal�o. O primeiro a falar nesta quarta � o ministro revisor Ricardo Lewandowski.
O revisor retoma o item quatro da den�ncia, que trata do crime de lavagem de dinheiro. O t�pico em an�lise pelos ministros trata da oculta��o ou dissimula��o da natureza do dinheiro proveniente de crime contra a organiza��o p�blica. Nele, a Corte analisa crimes cometidos pelas empresas de Marcos Val�rio, com apoio de dirigentes Banco Rural, para dissimular pagamentos de propinas a pol�ticos em troca de apoio no Congresso.
O MPF diz que o esquema entre o Banco Rural e o grupo do publicit�rio Marcos Val�rio come�ou ainda em 1998, durante a campanha para o governo de Minas Gerais, o que foi chamado de "mensal�o mineiro". O esquema consistia na emiss�o de cheques pelas empresas do publicit�rio Marcos Val�rio para pagar supostos fornecedores, quando, na verdade, os valores iam para as m�os de pol�ticos. Os r�us para esse t�pico s�o Marcos Val�rio, os s�cios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, Rog�rio Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias, que fazem parte do n�cleo publicit�rio.
Do n�cleo pol�tico, os r�us s�o: K�tia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, Jos� Roberto Salgado, ex-diretor da institui��o, Vin�cius Samarane, atual vice-presidente e Ayanna Ten�rio, ex-vice-presidente.
O relator Joaquim Barbosa condenou nove dos r�us, absolvendo apenas Ayanna ten�rio. O relator afirmou no plen�rio que a lavagem de dinheiro foi feita de forma orquestrada "com divis�o de tarefas t�picas de um grupo criminoso organizado. Para ele, os integrantes do n�cleo financeiro, em conluio com os membros do n�cleo publicit�rio, atuaram na simula��o de empr�stimos banc�rios.