O governador de Mato Grosso do Sul, Andr� Puccinelli, deixou nesta ter�a-feira a presidente Dilma Rousseff numa saia justa, ao defender que as medidas que vierem a ser adotadas para favorecer o rec�m-eleito prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad, devem se estender tamb�m aos demais munic�pios e Estados. Se houver tratamento diferenciado, Puccinelli prev� que haver� um "amotinamento geral" por parte dos gestores desprestigiados.
Ele cita a situa��o de Alagoas, Amazonas, Pernambuco e de seu Estado como exemplos igualmente merecedores dos benef�cios do governo federal. "� uma quest�o de cidadania, � uma quest�o de Federa��o. Ou somos uma Na��o confederada ou somos os outros", defendeu, ap�s falar com o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), sobre mat�rias que tramitam no Congresso, como a divis�o dos royalties do petr�leo e a partilha do Fundo de Participa��o dos Estados (FPE). "Viemos suplicar que a m�e olhe para todos os filhos", comparou.
O governador disse, ironicamente, que gostaria de ser o prefeito petista, eleito com o apoio de Dilma e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Eu gostaria de ser o prefeito de SP, estou com inveja, com ci�me do prefeito", afirmou. Ele disse entender o interesse do Executivo em atender a "quem queira mais". "Mas tem de dar o b�sico para que Estados e munic�pios n�o morram de fome, tem de ter para todos e n�o est� ocorrendo para todos em igualdade de condi��o".
Filiado ao PMDB, maior partido de sustenta��o do governo, o governador de Mato Grosso do Sul disse que a aten��o aos entes federativos n�o pode ser tratada como quest�o partid�ria. "N�o existe partido para dar educa��o, sa�de, educa��o e seguran�a para uns brasileiros, sim, e pra outros, n�o. � suprapartid�rio" defendeu. Al�m da renegocia��o da d�vida dos Estados, Puccinelli entende que devem ser revistos os crit�rios da Lei Kandir, a distribui��o do FPE "da forma como a Constitui��o determinou" e a divis�o dos royalties do petr�leo para todos os Estados.