Bras�lia – O coordenador da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV), Cl�udio Fonteles, disse que, em 2013, ser� iniciada a elabora��o do relat�rio circunstanciado. “A comiss�o vai come�ar a olhar para a feitura do relat�rio e [para] as recomenda��es. Acho que a gente deve apresentar � sociedade brasileira uma proposta de aperfei�oamento do Estado, para que ele cada vez mais se comprometa com a democracia”
Fonteles, que fez um balan�o positivo do trabalho da comiss�o em 2012, lembrou que ainda existem temas que exigem maior investiga��o. “Ainda n�o temos um levantamento da quantidade de desaparecidos, creio que faremos isso mais para o final dos trabalhos,” observou.
Ele lembrou ainda que, apesar do pouco tempo, outros objetivos da comiss�o j� come�aram a ser atingidos, como a cria��o de espa�os dedicados � mem�ria. “Para que espa�os que eram dedicados � tortura, sinais vis�veis da repress�o, se transformem em sinais da democracia. Onde haja espet�culos p�blicos, culturais e art�sticos que ressaltem a presen�a da mem�ria democr�tica,” reiterou.
Fonteles acredita que o grande resultado desse trabalho ser� a constru��o do que ele define como “redes da cidadania”, constitu�das em “amplo di�logo com todos os setores, quer os oficiais - governos e prefeituras - quer os da sociedade civil” e voltadas para a defesa da democracia. “A ditadura � um mal que n�o pode ocorrer. Queremos solidificar um Estado democr�tico para que as nossas diverg�ncias sejam resolvidas [com] um di�logo efetivo e n�o pela viol�ncia”, disse.