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Estado de Minas

Filha de Rubens Paiva disse que fam�lia se sentiu aliviada com revela��o sobre a morte do pai


postado em 06/02/2013 08:07

“O sentimento foi mais uma vez dar conta do luto intermin�vel de 42 anos. Hoje � uma certa sensa��o de al�vio,” disse emocionada a psic�loga Vera Paiva durante entrevista coletiva a respeito da revela��o da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) sobre a morte de seu pai, o ex-deputado Rubens Paiva. Documentos revelados pela comiss�o indicam que Paiva morreu sob cust�dia do Destacamento de Opera��es de Informa��es - Centro de Opera��es de Defesa Interna (DOI-Codi) do 1º Ex�rcito, no Rio de Janeiro.

A filha de Rubens Paiva elogiou o trabalho da CNV e disse que se sentia privilegiada com o fato do caso do seu pai ter sido o primeiro “elucidado” pela comiss�o, mas considerou que ainda gostaria de saber quem de fato o torturou. “A gente imaginava que tinha acontecido, tinha ind�cios, mas n�o tinha prova material. Com esses �ltimos documentos, um capitulo se encerrou, mas n�s temos outros que � chegar, de fato, a quem procedeu a tortura e a morte de meu pai.”

Vera disse que a fam�lia espera que as pessoas respons�veis pela morte de Rubens Paiva sejam julgados “com direito a defesa, diante de uma lei que n�o seja de exce��o.” E acrescentou que n�o � uma quest�o de revanchismo, mas de “justi�a democr�tica”. "Eu gostaria que acontecesse com elas o que n�o aconteceu com toda a gera��o de brasileiros que foi presa, torturada e assassinada ou desapareceu como no caso do meu pai.”

O coordenador da CNV, Cl�udio Fonteles disse que a comiss�o est� investigando e espera poder chegar em breve aos nomes da equipe que torturou e executou o ex-deputado, bem como de quem foi a ordem. De acordo com Fonteles, tr�s pessoas seriam as respons�veis pela morte de Paiva. Uma delas j� teria morrido. “N�s temos provas documentais sobre o caso e estamos tomando provid�ncias para ouvir essas pessoas,” revelou.

Durante a entrevista, Vera se emocionou ao lembrar do pai e disse que embora a Comiss�o de Anistia tenha reconhecido a morte de Rubens Paiva, em 1997, o fato de n�o ter informa��es sobre as circunst�ncias da morte do ex-deputado sempre angustiou a fam�lia. “Eu resolvi essa quest�o em 1981 quando tive que dizer pra mim mesma que meu pai estava morto. Minha m�e s� resolveu isso [no esp�rito dela] em 1997, quando recebeu o atestado de �bito no governo de Fernando Henrique Cardoso”.

Acompanhada durante a entrevista por amigos que tamb�m participaram da luta pela anistia e pelo ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, Vera disse que tamb�m espera que outros casos sejam investigados e esclarecidos pela CNV. “Temos v�rios casos de mais fam�lias que a gente precisa ajudar a investigar,” disse.

A vers�o oficial da ditadura militar indicava o ex-deputado como desaparecido. Na vers�o divulgada pelo 1º Ex�rcito, Rubens Paiva foi resgatado por militantes de esquerda no dia 22 de janeiro de 1971, enquanto estava sob cust�dia dos militares. As investiga��es da Comiss�o Nacional da Verdade indicam que o ex-deputado foi assassinado, sob tortura, nas depend�ncias do DOI-Codi do Rio de Janeiro.


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