
O presidente da C�mara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador L�o Burgu�s (PSDB), disse que n�o v� vi�s pol�tico nas den�ncias feitas pelo Minist�rio P�blico envolvendo seu nome. “N�o vejo vi�s pol�tico nisso n�o. � um momento que a C�mara Municipal estava se colocando de uma maneira diferente na sociedade. Talvez a gente pode estar pensando por causa disso, na quest�o da nossa independ�ncia”, afirmou. O coment�rio veio nesta sexta-feira, um dia ap�s o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) decidir - por unanimidade -, pela extin��o do processo que pedia a cassa��o do mandato e a inelegibilidade do tucano por oito anos.
Apesar de aliviado, o tucano lamentou a seq��ncia de fatos envolvendo o nome dele e repercuss�o negativa das a��es do MP na imprensa e nas redes sociais. “O que a gente fica tranquilo � que ao longo, como eu disse, desses 14 anos de vida p�blica, todas as vezes que surgiu qualquer tipo de acusa��o sobre mim, em todas elas foi mostrada a minha inoc�ncia e que isso comprova a maneira como a gente age. Que � maneira proba, l�cita, dentro da legalidade”, ressaltou. A primeira den�ncia que acusava Burgu�s de irregularidades na ger�ncia dos gastos da Casa foi feita no ano passado, pr�ximo ao per�odo eleitoral. Neste ano a nova a��o foi proposta no momento em que o parlamentar disputava a reelei��o para o cargo de presidente da Casa, ap�s contrariar acordos internos do partido com aliados.
Reeleito vereador em outubro de 2012 e reconduzido, em janeiro passado, � presid�ncia da C�mara de Belo Horizonte, Burgu�s teve seu mandato cassado, no �ltimo dia 19 de fevereiro, pelo juiz Manoel dos Reis Morais, do TRE-MG. A decis�o, no entanto, foi revogada pelo tamb�m juiz eleitoral Maur�cio Ferreira, que teve ainda a liminar concedida confirmada pela corte eleitoral, na �ltima ter�a-feira, por quatro votos a zero.
Defesa
Na �poca da den�ncia, o presidente da C�mara Municipal de Belo Horizonte, vereador L�o Burgu�s, justificou como “erro matem�tico” as alega��es contidas na a��o pedindo a cassa��o do mandato. “Houve um equ�voco no c�lculo. Erros acontecem, mas quando for feita a per�cia e os n�meros forem analisados, veremos que o c�lculo est� errado”, afirmou Burgu�s, na �poca em que teve o mandato cassado pelo juiz Manoel dos Reis Morais.
Na senten�a, que apontou abuso de poder pol�tico e econ�mico na disputa eleitoral por Burgu�s, o juiz cita uma m�dia anual de R$ 1,8 milh�o, gastos nos �ltimos tr�s anos para a divulga��o das atividades da C�mara de Belo Horizonte. No ano passado, entretanto, segundo o magistrado, esse valor alcan�ou R$ 2,7 milh�es, quase R$ 1 milh�o a mais que a m�dia.
L�o Burgu�s rebateu os n�meros que serviram de base para a a��o do Minist�rio P�blico Estadual e apresentou valores diferentes. “A C�mara gastou nos �ltimos tr�s anos R$ 9,3 milh�es. O que daria uma m�dia de R$ 3,1 milh�es por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milh�es, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poder�amos ter gasto”, disse o tucano.
Com informa��es de Alice Maciel e Iracema Amaral