Doze r�us da A��o Penal 470, o processo do mensal�o, foram oficialmente absolvidos nesta sexta-feira. A informa��o foi divulgada no sistema de acompanhamento processual do Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso dos r�us “est� transitado em julgado”, j� que o Minist�rio P�blico Federal (MPF) n�o recorreu da decis�o at� ontem, quando terminou o prazo para os embargos declarat�rios na Suprema Corte.
Ontem, mesmo sem ter sido condenado pelo STF, o empres�rio Carlos Alberto Quaglia recorreu da decis�o. Seu caso foi encaminhado para a Justi�a Federal de primeira inst�ncia logo no in�cio do julgamento porque houve problemas processuais na tramita��o no Supremo. Para o defensor p�blico geral Haman Tabosa e C�rdova, a Corte deve extinguir a acusa��o de forma��o de quadrilha, pois os demais r�us acusados do mesmo crime foram absolvidos.
Al�m de Quaglia, todos os 25 r�us condenados no julgamento apresentaram recursos ao STF. Os embargos declarat�rios agora ser�o encaminhados ao procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel. Ele ter� dez dias para se pronunciar. Depois dessa etapa, o relator e presidente do STF, Joaquim Barbosa, re�ne todas as informa��es e prepara os recursos para levar a plen�rio. Barbosa informou que deve come�ar a avaliar os recursos a partir da pr�xima semana.
Ap�s o julgamento dos embargos declarat�rios, os condenados podem apresentar outro tipo de recurso, os embargos infringentes. Segundo o Regimento Interno do STF, os recursos que permitem pedido de novo julgamento s� podem ser usados quando existem ao menos quatro votos pela absolvi��o. Os ministros ainda n�o decidiram se esse recurso � admiss�vel, pois alguns acreditam que a ferramenta foi suprimida pela legisla��o comum.
Dos 40 r�us iniciais, tr�s n�o chegaram a passar pelo julgamento. Dos 37 julgados, 25 foram condenados e 12 absolvidos. A Corte decidiu que 11 deles devem cumprir a pena em regime inicialmente fechado, 11 em regime semiaberto, um em regime aberto e dois tiveram a pena substitu�da por medidas restritivas de direito, como pagamento de multa e proibi��o de exerc�cio de fun��o p�blica. Ao todo, as condena��es somaram 273 anos, tr�s meses e quatro dias de pris�o, e as multas superaram R$ 20 milh�es em valores ainda n�o atualizados.