O l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta quarta-feira a articula��o pol�tica do governo com o Congresso de "ruim". Na avalia��o de Cunha, que n�o citou os nomes dos respons�veis pela articula��o, faltam interlocutores com di�logo "jogo de cintura" e perfil semelhante ao do ex-ministro Ant�nio Palocci, ministro da Fazenda no primeiro mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e chefe da Casa Civil nos primeiros seis meses da presidente Dilma Rousseff.
Na vota��o desta ter�a-feira, 14, que se estendeu por 18 horas at� a madrugada desta quarta-feira, a administra��o federal conseguiu derrubar uma emenda aglutinativa de Cunha que, na avalia��o dos governistas, desfigurava a ess�ncia da MP. Neste momento, � realizada uma sess�o extraordin�ria na Casa para apreciar uma s�rie de destaques que ficaram pendentes. De acordo com o Poder Executivo, o l�der do PMDB foi o grande derrotado na sess�o desta ter�a-feira, mas, depois disso, trabalhou para atrasar a conclus�o da vota��o.
Sobre a emenda, Cunha disse que "n�o adianta uma vit�ria de um dia com o dia a dia para conviver o tempo inteiro". Caso a emenda tivesse sido aprovada, ele argumenta que "todas as outras teriam sido prejudicas" e, consequentemente, cairiam. Se isso tivesse acontecido, a mat�ria poderia ter sido aprovada ainda de madrugada, segundo Cunha.
Para n�o caducar, a MP precisa terminar de ser votada na C�mara e ainda passar pelo plen�rio do Senado. Parlamentares do PMDB disseram nesta manh� que o Executivo, ao derrubar a emenda do l�der, descumpriu um acordo firmado na segunda-feira, 13, e que isso dificultar� futuras negocia��es com o Congresso. Na avalia��o de um deputado do partido, a Presid�ncia da Rep�blica votou pela derrubada da emenda de Cunha para marcar posi��o e passar a imagem de que teria sa�do vitoriosa no embate com ele. Conforme Cunha, ficou claro que o governo "quis marcar posi��o". Na an�lise de deputados da legenda, no entanto, a a��o da Presid�ncia foi "um tiro no p�", uma vez que, ao n�o concluir a vota��o nesta madrugada, "voltou-se � estaca zero".