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Estado de Minas

Comando do Ex�rcito sabia de torturas durante a ditadura, diz professora


postado em 21/05/2013 10:37 / atualizado em 21/05/2013 10:56

S�o Paulo - Em outubro de 1975, o ent�o comandante do 2º Ex�rcito, general Ednardo D’�vila Mello, visitou a sede do DOI-Codi, em S�o Paulo, e impediu que a sobrinha de um primo dele, a professora Sarita D’�vila Mello, militante do PCB, fosse torturada.

Nessa segunda (20), ao relatar esse epis�dio perante a Comiss�o Municipal da Verdade, na C�mara de Vereadores, Sarita disse que a presen�a do general no local, apontado como um dos principais centros de tortura de presos pol�ticos no per�odo da ditadura, seria mais uma prova de que o Alto Comando das For�as Armadas sabia das viola��es de direitos humanos cometidas por seus subordinados.

Ao mesmo tempo, por�m, na avalia��o dela, a ida do general ao DOI-Codi, para ver pessoalmente a sobrinha, atendendo ao pedido de seu primo, indica que ele n�o confiava totalmente no cumprimento de suas ordens. “Ele n�o confiava na m�quina da repress�o. Podia ter apenas dado uma ordem. N�o precisava ir l� para ver uma menina de 23 anos.”

Sarita foi solta no dia 24 de outubro de 1975. No dia seguinte o jornalista Vladimir Herzog, tamb�m militante do PCB, foi morto no mesmo local. Passados pouco mais de dois meses, em 17 de janeiro de 1976, o mesmo grupo repressivo matou o oper�rio Manoel Fiel Filho. No mesmo dia, o presidente Ernesto Geisel afastou Ednardo do comando do 2.º Ex�rcito. O general morreu em 1984.

Perus


A Comiss�o da Verdade de S�o Paulo ouviu nessa segunda (20), na Assembleia Legislativa, a procuradora Eugenia Augusta Gonzaga, do Minist�rio P�blico Federal. Ela criticou o descaso do governo em rela��o � identifica��o de v�timas da ditadura sepultadas no Cemit�rio Dom Bosco, em Perus, S�o Paulo. Segundo ela, faltam verbas e interesse. “O governo n�o se mexe”, afirmou. No mesmo encontro, o secret�rio Nacional de Justi�a, Paulo Abr�o, disse que as dificuldades de identifica��o se devem em grande parte � aus�ncia de grupos de antropologia e arqueologia forense. “� uma lacuna no Estado de Direito brasileiro”, afirmou.


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