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Estado de Minas

Dilma e Lula pressionam e Haddad cede


postado em 20/06/2013 08:38

O prefeito Fernando Haddad (PT) resistiu at� o �ltimo minuto a bancar com recursos municipais a redu��o da tarifa de �nibus para R$ 3 porque queria que o governo Dilma promovesse nova desonera��o fiscal. A presidente Dilma Rousseff, por�m, n�o concordou com a nova ajuda, for�ando Haddad a reduzir o pre�o da passagem com dinheiro da Prefeitura.

As declara��es do prefeito, de dirigentes do PT e de ministros, ao longo do dia, expuseram as diverg�ncias entre Haddad e o governo federal. Dilma e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva pressionaram o prefeito, em conversa na ter�a-feira, 18, � noite, a recuar no pre�o da tarifa do transporte coletivo, na tentativa de conter a forte onda de protestos nas ruas. A preocupa��o do Pal�cio do Planalto � com o impacto das manifesta��es na imagem de Dilma, candidata � reelei��o, e de governantes do PT, num momento de escalada da infla��o, juros altos e baixo crescimento.

Segundo a reportagem apurou, a presidente e seu padrinho pol�tico disseram a Haddad que era preciso voltar atr�s e fazer um recuo t�tico para dar tempo de construir uma solu��o mais � frente. A avalia��o era de que o prefeito estaria perdendo a batalha da comunica��o para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que concorrer� a um segundo mandato. Haddad n�o se conteve e respondeu que n�o tinha de onde tirar o dinheiro, a menos que cortasse investimentos programados para a cidade.

A esperan�a do prefeito era de que o governo federal aceitasse negociar em cima do projeto de lei que institui o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros. A proposta, em fase final de tramita��o, prev� desonera��es do PIS-Cofins do �leo diesel, de ve�culos e pneus, al�m da retirada de tributos estaduais, como o ICMS, e at� municipais.

Foi combinado ent�o que a revoga��o do reajuste seria anunciada somente na sexta-feira, quando estava programada uma nova reuni�o com representantes do Movimento Passe Livre (MPL). A antecipa��o foi uma consequ�ncia direta dos efeitos do protesto de ter�a-feira. Haddad n�o esperava que parte dos protestantes protagonizassem uma tentativa de invas�o ao pr�dio da Prefeitura que abriu caminho para uma onda de viol�ncia e saques no entorno de seu gabinete, e com transmiss�o ao vivo pela TV.

Com assessores, secret�rios municipais e at� guarda-civis metropolitanos encurralados na Prefeitura, Haddad foi buscar sossego em casa, no bairro do Para�so, zona sul de S�o Paulo. A tr�gua, por�m, durou pouco. Por volta das 22h, o pr�dio do prefeito j� estava tomado pelos manifestantes, que o chamavam de “covarde” e “ladr�o”.

O coro assustou n�o s� o petista, mas a fam�lia dele. Pessoas pr�ximas ao prefeito contam que a filha dele, Ana Carolina, de 13 anos, caiu no choro com medo de que o apartamento fosse invadido. Os vizinhos tamb�m gritavam, pedindo sil�ncio e amea�ando chamar a pol�cia.

Sob a orienta��o de Dilma, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, n�o aceitou ceder. Em reuni�es reservadas, Mantega deixou claro que n�o poria em risco a credibilidade das contas p�blicas para fazer mais desonera��es. Mais: lembrou que, no intuito de ajudar Estados e munic�pios a n�o aumentarem ainda mais o pre�o das passagens, o governo federal j� havia desonerado a Cide dos combust�veis e o PIS-Cofins sobre o faturamento obtido por meio das passagens. Al�m disso, prometeu reduzir tributos sobre a folha de pagamentos do setor de transportes a partir de janeiro de 2014. “N�o temos condi��es de fazer mais redu��es de tributos agora”, afirmou Mantega.


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