Aprovar a destina��o de 75% das receitas obtidas com os royalties do petr�leo para a educa��o b�sica � um momento hist�rico e importante para o Brasil, avalia o diretor-geral do Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi. Para ele, trata-se de uma oportunidade para o Pa�s resgatar uma d�vida hist�rica. "A prioridade dada � educa��o ao longo de d�cadas vem melhorando, mas a velocidade das mudan�as ainda � baixa. � necess�rio mudar urgentemente a forma��o dos jovens brasileiros para se ter um pa�s mais produtivo", afirma, em nota que foi distribu�da nesta quarta-feira pela Assessoria de Comunica��o da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI).
Produtividade
Lucchesi refor�a que educa��o � a base do Mapa Estrat�gico da Ind�stria 2013-2022, documento elaborado pela CNI que apresenta os dez fatores-chave que podem aumentar a produtividade e a competitividade. Ele menciona que a ind�stria precisa de equipes educadas e bem formadas que saibam utilizar os equipamentos, criar solu��es para os problemas do dia a dia, adaptar processos e produtos e desenvolver inova��es. A meta do setor � de que, at� 2022, o Brasil passe da 54ª posi��o do ranking do Programa Internacional de Avalia��o de Alunos (PISA/OCDE) para a 43ª. O ranking considera 65 pa�ses.
A C�mara dos Deputados aprovou nesta madrugada um projeto vinculando recursos da explora��o do petr�leo �s �reas de educa��o e sa�de e ampliando o montante a ser destinado a essas �reas com recursos de parte dos contratos em vigor. O governo foi derrotado porque desejava carimbar o dinheiro apenas para a educa��o e s� destinava recursos de contratos futuros e de rendimentos do Fundo Social, criado no marco regulat�rio do pr�-sal. O l�der do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que n�o h� compromisso em sancionar o projeto da forma como foi aprovado. A proposta ser� ainda analisada pelo Senado.
Sob efeito da press�o das recentes manifesta��es populares, os parlamentares tentam dar uma resposta aos protestos que tomam conta das ruas. A prioridade para essa proposta foi pedida pelo governo, mas a negocia��o ampliou de forma significativa os recursos alvo da vincula��o e incluiu a sa�de entre as �reas priorit�rias. O relator do projeto, Andr� Figueiredo (PDT-CE), estima que a proposta original do governo destinaria R$ 25,8 bi para a educa��o em 10 anos, enquanto o texto aprovado pode destinar R$ 280 bilh�es para educa��o e sa�de no mesmo per�odo. O governo considera que da forma como o texto foi aprovado poder� haver questionamento judicial por interferir em contratos j� firmados.