
Um dos auxiliares mais pr�ximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira que o objetivo do governo � que o plebiscito da reforma pol�tica fa�a com que as novas regras sejam aplicadas j� nas elei��es de 2014. O ministro acredita que o governo poder� convencer os parlamentares do PMDB a apoiar a proposta do plebiscito.
"Essa � a nossa proposta (de valer j� para 2014). Entendemos que o plebiscito, ao contr�rio do que se tentou dizer, que � uma manobra diversionista, n�o � nada disso. � a forma mais adequada de massificar um processo de participa��o em que a sociedade seja chamada a n�o s� opinar, mas tomar decis�es. Que o Brasil passe a usar esse sistema de maneira cont�nua para estabelecer esse tipo de consulta, dar ao povo o direito de tomar decis�es", disse o ministro, que concedeu entrevista a jornalistas.
Questionado se seria uma decep��o caso as novas regras n�o valham em 2014, Carvalho respondeu: "Mais do que uma decep��o, � uma necessidade do Pa�s. A reforma pol�tica se imp�e a nosso ju�zo como a forma essencial de responder �quilo que o povo clamou e clama nas ruas, pelo fim da corrup��o. N�s sabemos que o atual sistema eleitoral � um sistema que induz, de alguma forma, a uma depend�ncia econ�mica e a um tipo de corrup��o".
Para o ministro, "se � verdade que queremos acabar com a corrup��o, � importante que n�s fa�amos uma reforma estrutural na pol�tica, na forma de funcionamento da pol�tica, que trabalhe primeiro o financiamento p�blico de campanha, sem a proibi��o da contribui��o individual da pessoa f�sica e acabar com o financiamento da pessoa jur�dica e que tamb�m trabalhe novas formas de participa��o da sociedade na pol�tica".
"Se � verdade que a gente quer responder �s ruas, a gente tem de propor caminhos e n�s entendemos que esse � um caminho adequado para ajudar no combate � corrup��o", disse.
Sobre as diverg�ncias com o PMDB - cuja bancada se posicionou a favor de uma consulta popular, mas apenas em 2014 - Carvalho disse que o partido � o "principal parceiro" do governo.
"Confiamos no prosseguimento do debate e da nossa capacidade de convencer o conjunto dos parlamentares da conveni�ncia do plebiscito. Sobre outras opini�es do partido, � natural. O PT tamb�m tem diverg�ncias, o PSB, o PDT, isso faz parte. Quando se faz uma alian�a pol�tica, voc� faz uma alian�a entre diferentes, e n�o entre iguais. Bem-vinda a diverg�ncia, a diferen�a, o importante � convergir para os pontos centrais."
Minist�rios
Indagado se a presidente Dilma pretende diminuir o n�mero de minist�rios, conforme prop�s o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Carvalho respondeu: "A presidenta tem se mostrado muito aberta a sugest�es, tem dialogado muito. � ela quem vai tomar a decis�o. N�o sei, n�o conversei com a presidenta hoje, n�o posso dizer que ela est� avaliando ou n�o (redu��o de minist�rios). Eu digo que � uma sugest�o que foi endere�ada � presidenta e cabe a ela dar a resposta."
Na avalia��o do ministro, a reuni�o ministerial, que ocorreu na segunda-feira, 1º, na Granja do Torto, foi muito "positiva". "(A reuni�o) Permitiu a gente somar as energias, a gente trocar opini�es. Sempre � importante, em um momento como esse, em que ningu�m tem certeza de nada, a gente ouvir os companheiros e companheiras, formar posi��o conjunta. A reuni�o teve o grande m�rito de dar uma maior coes�o para a equipe de governo para enfrentarmos esse momento que, a meu ju�zo, � um momento interessant�ssimo que estamos passando, um desafio do qual tenho certeza o Brasil vai sair ganhando e acho que o governo vai contribuir muito para esse ganho do Pa�s."