O segundo m�s de protestos no Brasil come�ou com novos epis�dios de viol�ncia. Na noite de quarta-feira, ap�s horas de protesto pac�fico, manifestantes e policiais entraram em confronto no Leblon, reduto da elite carioca e um dos metros quadrados mais caros do pa�s. O g�s lacrimog�neo, cujo efeito podia ser sentido de dentro de algumas resid�ncias, foi o estopim para que moradores do bairro lan�assem um abaixo-assinado, solicitando ao governador S�rgio Cabral Filho (PMDB) que passe "a morar no lugar destinado a ser moradia do governador do Estado do Rio de Janeiro: o Pal�cio Laranjeiras", diz trecho do documento, escrito pela psic�loga Cynthia Clark, de 60 anos.
Em Recife, os rodovi�rios decidiram, em assembleia realizada na noite de ontem, por unanimidade, continuar com a greve, inclusive neste fim de semana. No sexto dia da paralisa��o, ontem, houve novo confronto entre trabalhadores, usu�rios e pol�cia no Terminal da Macaxeira. A possibilidade de normaliza��o foi votada pela categoria, mas n�o foi acatada. A classe informou que s� voltar� a discutir o t�rmino da paralisa��o na segunda-feira se a classe patronal assinar uma ata e registr�-la no Minist�rio do Trabalho informando que n�o haver� demiss�o dos trabalhadores que participaram da greve, tampouco desconto nos sal�rios pelos cinco dias de paralisa��o.
Na Regi�o Nordeste, �ndios de sete etnias interditaram durante a tarde de ontem a Estrada de Ferro Caraj�s, importante via de escoamento de min�rio de ferro da Vale para o porto de S�o Lu�s. O grupo ocupava havia 10 dias a sede do Distrito Sanit�rio Especial Ind�gena (DSEI) no Maranh�o, em protesto por melhorias no atendimento m�dico. Como n�o foi atendido, transferiu a ocupa��o para a estrada de ferro.
Redu��o Embora os protestos continuem no centro da agenda pol�tica e social, o n�mero de participantes tem diminu�do consideravelmente. Em Bras�lia, no in�cio da noite de ontem, poucas dezenas de pessoas entoavam um "Fora, Dilma", diante do Pal�cio do Planalto, n�mero bem inferior aos 35 mil manifestantes mobilizados em frente ao Congresso Nacional, em 20 de junho. O maior ato previso para o fim de semana, em S�o Paulo, contra a Usina de Belo Monte, tem pouco mais de 400 participantes confirmados no Facebook.