
A presidente Dilma Rousseff iniciou seu discurso, durante participa��o na Marcha dos Prefeitos, em Bras�lia, nesta quarta-feira dizendo que o evento promovido pela Confedera��o Nacional de Munic�pios (CNM) � uma experi�ncia �nica. "Sabemos que essa marcha, ela tem sentido. Um sentido que busca construir uma melhor pol�tica para a popula��o do Brasil", afirmou a presidente.
"Fomos eleitos pelo povo e temos a obriga��o de entregar o que � uma melhor pol�tica p�blica", acrescentou Dilma, destacando que sabe da import�ncia para os prefeitos da parceria entre as tr�s esferas da Federa��o - governo federal, Estados e munic�pios. "O governo federal tem absoluta consci�ncia de que a qualidade da pol�tica de servi�os p�blicos, a melhoria de servi�os p�blicos que a nossa popula��o tanto quer, n�s sabemos, sejam os que foram para a Marcha ou os que n�o foram, todos querem a mesma coisa: melhores servi�os p�blicos", disse.
Dilma disse que � preciso que todos fa�am um grande esfor�o, lembrando que o Brasil mudou nos �ltimos dez anos e mudou para melhor. "E foi porque mudou que hoje estamos nos esfor�ando, dando o melhor de n�s, para que o Brasil tenha mais direitos sociais."
Ela disse que todos querem melhor sa�de, melhor educa��o, melhor pavimenta��o, mobilidade urbana. Lembrou que sa�de e educa��o s�o investimentos, mas tamb�m custeio. "Esse Brasil que nos �ltimos dez anos teve o maior processo de distribui��o de renda, ele anseia e ele exige melhores servi�os p�blicos", disse, acrescentando que o governo federal � parceiro. "Parceiro para resolver problemas e encaminhar solu��es".
Tumulto
A presen�a da presidente acabou provocando um certo tumulto na frente do audit�rio onde ocorre o evento, no in�cio das atividades. Como o local estava muito cheio, as portas foram fechadas, impedindo a entrada das pessoas e cerca de 200 participantes que ficaram do lado de fora, protestaram e amea�aram entrar, aos gritos de "fora Dilma".
Participantes do evento da CNM reclamaram da falta de lugares na plateia e de o acesso deles ao local ter sido impedido. Entretanto, quando a presen�a da presidente Dilma foi anunciada, todos aplaudiram. Na ter�a-feira, 9, a aus�ncia da presidente Dilma na Marcha foi vaiada pela plateia. A participa��o da presidente estava prevista para a abertura do evento na manh� de ontem, mas o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, anunciou que ela participaria apenas no dia de hoje.
Ziulkoski criticou hoje a falta de transpar�ncia no Pa�s. "Todo mundo fala em pacto, s� que o pacto que queremos colocar aqui e que a rua quer � o pacto da verdade. N�o d� mais pra maquiar nada do Brasil", disse. Em seguida, ele pediu que os munic�pios "abram" as prefeituras, exer�am plenamente a transpar�ncia e chamem a popula��o para se apropriar do que � dela.
Afirmou ainda que as manifesta��es "n�o s�o contra o governo federal, s�o contra todos n�s e a favor de n�s". Ele aproveitou o discurso, ainda, para criticar a carga tribut�ria no Brasil e disse que � necess�rio terminar com a ren�ncia fiscal imediata no ICMS.
Royalties
O presidente da CNM avaliou que "a quest�o de royalties deve ser abordada de modo que todos os munic�pios sejam tratados da mesma forma". Ele disse esperar que o STF decida "imediatamente" sobre royalties. "Todo mundo est� praticamente afogado. Onde pode entrar mais recurso?", questionou. Ziulkoski afirmou tamb�m, em refer�ncia aos gastos do Poder Executivo, que os prefeitos t�m que "cortar na carne" e reduzir no m�nimo pela metade a quantidade de secret�rios.
Ele criticou ainda as emendas parlamentares que, segundo ele, tem execu��o de 18%. "O custo, presidenta, de uma emenda ou de transfer�ncia de um programa leva em m�dia 36 meses para terminar. Sabe quanto custa? Custa muito do que foi transferido" disse. Ziulkoski afirmou ainda que est� colhendo assinaturas para acabar com emendas parlamentares.