
O l�der do governo na C�mara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), reconheceu a boa vontade da oposi��o. “Uma coisa � voc� fazer a disputa entre governo e oposi��o. Outra coisa � chegar aos limites de quebrar o pa�s. Chegou ao limite. A oposi��o teve a percep��o do bom acordo.” O deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE) avaliou como positivo o entendimento. “� melhor um passo atr�s para garantir um novo momento de for�a do Parlamento”, disse.
Conversas
A mudan�a no discurso do Congresso foi negociada � base de muita conversa nos �ltimos dias. Entraram no front o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, a ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, e a pr�pria presidente Dilma Rousseff. Na ter�a-feira, o grupo se reuniu com os presidentes do Senado e C�mara para negociar uma “sa�da honrosa” em rela��o ao sepultamento dos vetos.
Com as mudan�as, tanto Congresso quanto Planalto tiveram que ceder. Por um lado, parlamentares abriram m�o de apreciar os vetos mais explosivos, capazes de pressionar o Executivo e de oferecer a deputados e senadores o poder de barganhar. Por outro lado, eles ter�o essa prerrogativa, obrigatoriamente, para os vetos futuros. J� o Planalto se livra do risco de serem apreciados vetos que poderiam comprometer as contas do governo e piorar o cen�rio de instabilidade econ�mica que amea�a a reelei��o de Dilma.
Para convencer os parlamentares, o Planalto usou o argumento da instabilidade econ�mica e apelou para o bom senso. O objetivo foi demonstrar firmeza e passar para o mercado o recado claro de que a presidente tem o controle do Congresso para evitar que o atual cen�rio de baixo crescimento e infla��o crescente n�o seja agravado com o comprometimento do Or�amento.
DIREITOS AUTORAIS
No fim da noite dessa quarta-feira, o Senado aprovou, por vota��o simb�lica, o projeto de lei que cria novas regras para a cobran�a, arrecada��o e distribui��o de recursos pagos por direitos autorais na produ��o musical. Os senadores, contudo, derrubaram emenda aprovada na ter�a pela C�mara que isentava de cobran�a da taxa de execu��o p�blica de obras musicais os eventos que tivessem “finalidade filantr�pica, de utilidade p�blica e com objetivo beneficente”. O texto agora segue para san��o ou veto da presidente Dilma Rousseff. Apoiado por artistas e produtores musicais, o texto-base do projeto destina 85% da arrecada��o para os titulares dos direitos, como compositores e int�rpretes. Atualmente, os autores de obras musicais recebem 75,5%, sendo que o restante � dividido entre o Escrit�rio Central de Arrecada��o de Direitos Autorais (Ecad), que fica com 17,5%, e as associa��es que o integram, que ficam com 7,5%.