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Estado de Minas

UFRJ ter� acervo e memorial para v�timas da ditadura

A Comiss�o da Mem�ria e da Verdade tamb�m pretende recuperar a documenta��o da Assessoria de Seguran�a � Informa��o (ASI)


postado em 29/07/2013 13:48

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai criar um acervo com documentos, v�deos e depoimentos de professores, estudantes e funcion�rios que foram v�timas da ditadura militar. A inten��o � que o monumento seja inaugurado at� o final do ano, de prefer�ncia no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, na Cidade Universit�ria, zona norte do Rio.

O an�ncio foi feito em meados de julho, durante a inaugura��o da Comiss�o da Mem�ria e da Verdade da UFRJ, que investiga os excessos cometidos contra seus servidores entre 1946 e 1998. A universidade ter�, ainda, um memorial em homenagem aos estudantes mortos e desaparecidos durante a ditadura. O projeto ganhador foi elaborado por alunos das Faculdades de Arquitetura e de Belas Artes da UFRJ.

"Levantamentos anteriores indicam que pelo menos 23 alunos e dois professores foram mortos ou est�o desaparecidos", afirma o diretor do Instituto de Filosofia e Ci�ncias Sociais (IFCS) e membro da comiss�o, Marco Aur�lio Santana. "Agora vamos tentar chegar a n�meros mais precisos."

O professor explica que o impacto da ditadura sobre a UFRJ envolve dezenas de cassa��es de professores e expuls�es de alunos, al�m de grupos de pesquisa que foram fechados e cursos que foram reorganizados. "� complicado contabilizar porque, al�m do processo de repress�o interno � universidade, houve tamb�m aqueles que foram presos, torturados e mortos por fazerem resist�ncia externa."

A Comiss�o da Mem�ria e da Verdade tamb�m pretende recuperar a documenta��o da Assessoria de Seguran�a � Informa��o (ASI), instalada pelo regime militar em institui��es p�blicas. "No caso da UFRJ, n�o se sabe onde est�o esses documentos e, como a universidade foi uma das mais atingidas, a ASI pode ter uma contribui��o importante", ressalta Santana.

Tamb�m membro da comiss�o e coordenador do F�rum de Ci�ncia e Cultura, onde ela funcionar�, Carlos Vainer afirma que a iniciativa traduz um movimento geral da sociedade brasileira e dos �rg�os p�blicos de "abrir o ba�" e divulgar as pr�ticas repressivas da ditadura militar, identificando os agentes dessas a��es para futuras provid�ncias.

"N�o vamos apenas homenagear quem sofreu a viol�ncia, mas tamb�m impedir que esta se repita, principalmente nesses tempos em que assistimos � a��o brutal da pol�cia militar, uma institui��o montada � �poca da ditadura", diz Vainer. "� um processo de resgate e atualiza��o da hist�ria."

Para o reitor da universidade, Carlos Levi, o compromisso hist�rico com a verdade � uma obriga��o da institui��o. "A UFRJ tem a partir de hoje a sua oportunidade de iluminar essas hist�rias, recuperando essas trajet�rias que poder�o trazer paz e sossego para seus parentes, amigos e descendentes. Isto � o m�nimo que temos que garantir e perseguir."


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