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Estado de Minas

Arquivos da ditadura j� podem ser consultados no site Brasil: Nunca Mais Digital

A iniciativa apresenta o acervo do Projeto Brasil: Nunca Mais, desenvolvido nos anos 80 do s�culo passado pela Arquidiocese de S�o Paulo e pelo Conselho Mundial de Igrejas, com o objetivo de evitar que processos judiciais por crimes pol�ticos fossem destru�dos com o fim da ditadura militar (1964-1985)


postado em 09/08/2013 18:58

Cerca de 900 mil p�ginas de um conjunto de 710 processos envolvendo o per�odo da ditadura militar no pa�s, julgados pelo Superior Tribunal Militar (STM), foram digitalizados e j� est�o � disposi��o do p�blico no site Brasil: Nunca Mais Digit@l.

A iniciativa apresenta o acervo do Projeto Brasil: Nunca Mais, desenvolvido nos anos 80 do s�culo passado pela Arquidiocese de S�o Paulo e pelo Conselho Mundial de Igrejas, com o objetivo de evitar que processos judiciais por crimes pol�ticos fossem destru�dos com o fim da ditadura militar (1964-1985). O acervo digitalizado permite que se obtenham informa��es sobre torturas praticadas naquele per�odo e que a divulga��o dos processos cumpra um papel educativo na sociedade brasileira.

O Projeto Brasil: Nunca Mais examinou, na �poca, cerca de 900 mil p�ginas de processos judiciais movidos contra presos pol�ticos e publicou relat�rios e um livro, com o mesmo nome, retratando as torturas e as viola��es de direitos humanos durante a ditadura. Os documentos do projeto, que consistiam em arquivos em papel e em microfilme e estavam dispon�veis apenas para pesquisadores, podem agora ser consultados por qualquer pessoa no site Brasil: Nunca Mais Digit@l.

A consulta aos processos pode ser feita, de forma geral, pelo objeto da busca, ou at� mesmo pela divis�o por estado ou organiza��o pol�tica. Antes de sair o resultado da busca, aparece uma janela aparece com a mensagem: "Parcela expressiva dos depoimentos de presos pol�ticos e das demais informa��es inseridas nos processos judiciais foi obtida com uso de tortura e outros meios il�citos, e n�o pode ser considerada como absoluta express�o da verdade”.

Entre os documentos digitalizados, h� fotos, v�deos e mat�rias publicadas em jornais e revistas. � poss�vel consultar, por exemplo, a certid�o de �bito do guerrilheiro e ex-deputado Carlos Marighella, morto em 1969 na Alameda Casa Branca, em S�o Paulo, por agentes da Delegacia de Ordem Pol�tica e Social (Dops). Marighella foi militante do Partido Comunista Brasileiro e um dos principais organizadores da luta armada contra o regime militar depois de 1964.

Tamb�m � poss�vel consultar documentos que se referem � presidenta Dilma Rousseff, que militou em organiza��es de combate ao regime militar. Perseguida durante a ditadura e condenada por subvers�o, Dilma esteve presa entre os anos de 1970 e 1972, no Pres�dio Tiradentes, na capital paulista.

Em entrevista nesta sexta-feira � TV Brasil, durante o lan�amento do site em S�o Paulo, a coordenadora da Comiss�o Nacional da Verdade, Rosa Cardoso, disse que o projeto digital “� uma refer�ncia obrigat�ria para quem for pesquisar esse per�odo da ditadura militar”.

Para Rosa, o arquivo digital tem import�ncia hist�rica, j� que fornece dados que s�o documentos oficiais da ditadura.

“Ele [site] viabiliza o acesso a uma documenta��o oficial, na medida em que s�o processos havidos no �mbito das auditorias militares, onde as pessoas eram efetivamente processadas e denunciadas”, disse Rosa Cardoso.


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