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Estado de Minas

Ex-executivo da Siemens relata il�citos em mais duas �reas

Irregularidades podem ter atingido tamb�m �rea de energia e equipamentos m�dicos, al�m do sistema metroferrovi�rio de S�o Paulo


postado em 23/08/2013 08:13 / atualizado em 23/08/2013 08:30

S�o Paulo -  A carta que levou a investiga��es, no Brasil e na Alemanha, sobre irregularidades cometidas pela Siemens em licita��es e forma��o de cartel no sistema metroferrovi�rio cita “pr�ticas il�citas” n�o s� nos transportes, mas tamb�m nos setores de energia e de equipamentos m�dicos da empresa. Para os investigadores, a rotina denunciada no documento, enviado em junho de 2008 � matriz da multinacional, engloba fraudes em concorr�ncias p�blicas e pagamento de propinas a agentes p�blicos brasileiros.

A carta com as acusa��es, que hoje os investigadores sabem ser de um ex-executivo da multinacional, foi enviada ao ombudsman da Siemens na Alemanha e a autoridades brasileiras em junho de 2008. Embora fosse an�nima, a riqueza de detalhes que continha em suas cinco p�ginas, 77 t�picos e seis anexos levou os investigadores a deflagrar uma apura��o sem precedentes. Na Siemens, resultou na demiss�o da c�pula em diversos pa�ses - inclusive no Brasil. Em muitos pa�ses, resultou tamb�m na instaura��o de procedimentos investigat�rios pelos �rg�os competentes.

No in�cio da den�ncia, o autor, dirigindo-se ao ent�o ombudsman da Siemens na Alemanha, Hans-Otto Jordan, afirma que apontar� “alguns fatos e documentos que demonstram pr�ticas ilegais da Siemens, no passado e atualmente” e cita projetos dos metr�s de S�o Paulo e Bras�lia, onde aponta a pr�tica de corrup��o. Ele prossegue: “Esse tipo de pr�tica n�o � um privil�gio da Divis�o de Transportes. S�o pr�ticas comuns tamb�m nas divis�es de Transmiss�o e Distribui��o de Energia, Gera��o de Energia e de Sistemas M�dicos”.

O autor da den�ncia que colocou a Siemens no centro do grande esc�ndalo mundial n�o fornece detalhes sobre malfeitos nessas �reas espec�ficas nem cita nomes ou esferas de governo. No Brasil, a multinacional alem� tem contratos milion�rios com empresas de diversos governos. No federal, controladas da Eletrobr�s como Furnas, Chesf e Eletronorte tem contratos com a empresa. No governo paulista, a Cesp contratou a Siemens em diversas ocasi�es.

Veross�mil

Os investigadores veem o relato do denunciante como veross�mil porque outras informa��es transmitidas na carta agora s�o confirmadas pelos seis executivos que trabalharam na Siemens e firmaram, em 22 de maio de 2013, acordo de leni�ncia com o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade). S�o subscritores do pacto o Minist�rio P�blico Federal e o Estadual.

Os lenientes - quatro executivos brasileiros e dois alem�es que ocupavam cargos do alto escal�o da companhia - revelaram a forma��o de um cartel no sistema metroferrovi�rio de S�o Paulo, situa��o j� apontada pelo autor da carta.

“� impressionante observar que, apesar de todos os esc�ndalos e consequ�ncias para toda a companhia, a Siemens Brasil continua pagando propinas no Brasil para conseguir contratos lucrativos”, acentuou o denunciante. “Espero que as informa��es mencionadas possam ajud�-lo em sua dif�cil fun��o como ombudsman em uma companhia que n�o aprendeu com as li��es do passado.”

Outro cartel. O Cade conduz investiga��o sobre expedientes atribu�dos � Siemens que teriam violado a competi��o no setor energ�tico. Instalada em 2006 e ainda n�o conclu�da, uma investiga��o conduzida pela Secretaria de Direito Econ�mico do �rg�o aponta para a forma��o de cartel na venda de transformadores de distribui��o de energia el�trica que teria provocado preju�zo de pelo menos R$ 1,7 bilh�o a empresas do setor entre 1988 e 2004. A informa��o foi revelada em 2007 pelo jornal Folha de S. Paulo.

Nesse caso, a Siemens � v�tima do pr�prio instrumento do qual se beneficia em rela��o ao setor metroferrovi�rio, j� que outra empresa, a ABB, fez um acordo de leni�ncia com o Cade, livrando-se de pagar uma multa milion�ria. Na ocasi�o, o presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica, Maur�cio Tolmasquim, relatou que costumava ouvir muitas queixas do setor el�trico sobre pre�os de equipamentos muito acima do mercado internacional, e disse crer na exist�ncia de diversos cart�is na �rea. “Acho que � a ponta do iceberg”, disse ent�o.


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