Bras�lia - Dilma Rousseff quer incluir na legisla��o brasileira um dispositivo que permita suspender a opera��o de empresas que cooperarem com esquemas de espionagem internacionais.
A presidente tamb�m encomendou o fortalecimento da rede interna de comunica��o do governo, pois ainda hoje muitos de seus auxiliares usam servi�os vulner�veis como o Gmail.
“Pode ser banco, empresa de telefonia”, disse o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, sobre a suspens�o de opera��es de empresas. “Se cooperarem com esses esquemas, ter�o a licen�a de opera��o aqui no Brasil cancelada”, disse � reportagem.
O dispositivo dever� ser inclu�do no marco civil da internet, em discuss�o no Congresso, ou no projeto de lei de seguran�a de dados pessoais, que est� em elabora��o pelo governo.
Dilma pediu a Bernardo e ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, para rever os textos e incluir modifica��es.
Al�m da possibilidade de puni��o �s empresas, ela quer obrigar sites estrangeiros, como o Facebook e outros, a armazenarem dados de brasileiros no Brasil. Hoje, eles ficam guardados nos EUA. Isso dever� constar do novo marco da internet.
A den�ncia que as comunica��es de Dilma e seus principais assessores estariam sendo monitoradas levou a presidente a pedir o fortalecimento da rede de comunica��o do governo.
“Vamos ter de construir uma intranet em �reas sens�veis”, disse Bernardo. Al�m da Presid�ncia, ele citou os minist�rios da Defesa, Rela��es Exteriores e Advocacia-Geral da Uni�o.
Hoje, os e-mails de Dilma s�o criptografados, assim como seus telefones. Por�m, n�o � raro que ela utilize aparelhos n�o criptografados para se comunicar com os seus ministros.
Na equipe de governo, nem toda troca de correspond�ncia se d� de forma segura. “Tem gente que manda e-mail pelo Gmail, com c�pia para o Obama”, disse Bernardo. A ideia � estabelecer protocolos mais seguros.