
A um ano das elei��es de 2014, da qual deve ser candidata � reelei��o, a presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quinta-feira, em Bras�lia, que vai retomar o processo de reforma agr�ria no pa�s. Neste ano, a presidente n�o assinou um �nico decreto de desapropria��o de terras para reforma agr�ria. Dilma confirmou o que anunciara minutos antes o ministro da Reforma Agr�ria, Pepe Vargas, de que o governo iria liberar 100 decretos para os sem-terra.
Uma das bandeiras mais caras ao PT, antes de chegar ao poder em 2003, a reforma agr�ria perigava, neste ano de 2013, colocar Dilma, se mantivesse a caneta imobilizada, ficar atr�s do ex-presidente Fernando Collor (1990/1992) - presidente que menos se interessou pela reforma agr�ria nos 28 aos de redemocratiza��o do pa�s.
Em 2010, prestes a deixar o Pal�cio do Planalto, o ent�o presidente petista Luiz In�cio Lula da Silva assinou 158 decretos de desapropria��o de im�veis rurais. No ano seguinte, a afilhada pol�tica de Lula baixou a marca para 58. Em 2012, ela manteve o freio e reduziu para 28 decretos.
Neste ano, por enquanto, a presidente n�o assinou nenhum decreto de desapropria��o terras para reforma agr�ria. Na reta final de 2013, contudo, ela promete mudar este cen�rio.
O ministro da Reforma Agr�ria, Pepe Vargas, anunciou a assinatura dos 100 decretos durante o lan�amento, nesta quinta-feira, do Plano Nacional de Agroecologia e Produ��o Org�nica, em Bras�lia, para uma plateia que participava do encerramento da 2.ª Confer�ncia Nacional de Desenvolvimento Rural Sustent�vel e Solid�rio, que come�ou na �ltima segunda-feira (14).
Agroecologia
O Plano Nacional de Agroecologia e Produ��o Org�nica deve beneficiar 75 mil fam�lias com investimento de R$ 8,8 bilh�es at� 20157 bilh�es, via cr�dito agr�cola. Desse total, R$ 7 bilh�es ser�o disponibilizados por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Plano Agr�cola e Pecu�rio.
O projeto est� pronto desde o primeiro semestre de 2013. Representantes do governo chegaram a anunciar que seria lan�ado em junho. Foi adiado, por�m, em meio � onda de protestos que ocorreu naquele per�odo, e enviado para uma gaveta, � espera de um momento prop�cio.
Ressurge agora no exato momento em que a ex-senadora Marina Silva disputa os holofotes do cen�rio eleitoral ap�s a alian�a com o governador de Pernambuco e tamb�m pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos. Essa � principal marca do discurso da ex-ministra e foi o eixo da sua campanha presidencial em 2010.