S�o Paulo - A maioria dos parlamentares que foram citados em nova planilha obtida pelo Minist�rio P�blico sobre a M�fia do Asfalto voltou a negar qualquer rela��o com os integrantes do grupo acusado de fraudar em licita��es em prefeituras do Estado de S�o Paulo.
Os deputados Devanir Ribeiro (PT), C�ndido Vaccarezza, Otoniel Lima (PRB), Roque Barbiere (PTB) e Gilmaci Santos (PRB) n�o foram localizados. Carlos Cezar (PSB) n�o respondeu aos questionamentos at� o fechamento desta edi��o.
O deputado estadual Itamar Borges (PMDB), que segundo o MP teria recebido, entre 2011 e 2012, R$ 247 mil em propina, afirmou que nunca negociou com o Grupo Demop, controlado por Scamatti, preso h� quase 7 meses sob acusa��o de liderar a M�fia do Asfalto.
“O parlamentar nunca recebeu qualquer tipo de doa��o ou benef�cio em troca de emendas parlamentares de quem quer que seja e jamais fez qualquer tipo de negocia��o com os empres�rios envolvidos na investiga��o”, disse Itamar, por meio de sua assessoria de imprensa.
Mentira vigorosa
Arlindo Chinaglia (PT-SP), l�der do governo na C�mara, tamb�m � citado no documento obtido pelo MP. Para o petista, a informa��o de que ele teria recebido R$ 25 mil, dado que consta na lista da M�fia do Asfalto, � uma “vigorosa mentira”. “O MP tem o dever de apurar corretamente todos os fatos”, disse o deputado.
Outro parlamentar mencionado na tabela � Geraldo Vinholi (PSDB), prefeito de Catanduva. A planilha apreendida na resid�ncia de Scamatti indica, de acordo com o MP, que o ent�o deputado teria recebido em propina R$ 105 mil. Por meio de sua assessoria, Vinholi “nega com veem�ncia” a inclus�o de seu nome na lista. “Geraldo Vinholi n�o tem qualquer envolvimento ou contato com os empreiteiros em quest�o e repudia com veem�ncia a inclus�o de seu nome”, diz, por meio de nota.
Jo�o Antonio, hoje secret�rio de Rela��es Governamentais do governo de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de S�o Paulo, disse que sequer assinou emendas durante o per�odo citado nos documentos do MP. Na planilha de Scamatti, o nome de Jo�o Antonio aparece ao lado da quantia “R$ 100 mil”. “O deputado estadual licenciado Jo�o Antonio n�o assinou emendas ao or�amento de 2011. Ele n�o destinou quaisquer recursos para prefeituras que eventualmente assinaram contratos com o grupo investigado”, afirmou ele atrav�s de sua assessoria de imprensa.
Jos� Mentor, deputado federal do PT, tamb�m disse que n�o fez emendas com o grupo Demop. De acordo com a planilha do Minist�rio P�blico, Mentor teria recebido da organiza��o R$ 25 mil entre 2011 e 2012 como propina.
O deputado Enio Tatto (PT) afirmou que n�o conhece Scamatti e repudiou envolvimento no caso. “Eu n�o conhe�o essa turma. N�o tenho rela��o nenhuma. Eu jamais teria, muito pelo contr�rio. � s� ver a minha atua��o na Assembleia Legislativa. Eu at� pedi para abrir CPI”, disse o parlamentar. O nome de Tatto aparece no documento apreendido ao lado da quantia “R$ 85 mil”.
O deputado federal Jefferson Campos (PSD) afirmou por interm�dio de sua assessoria que n�o iria comentar sobre as novas informa��es contidas dos documentos do Minist�rio P�blico Estadual.
Emendas
De acordo com as investiga��es da Opera��o Fratelli, que desarticulou a organiza��o supostamente liderada pelo empreiteiro Ol�vio Scamatti, os denunciados se valiam de emendas parlamentares, federais e estaduais, para angariar recursos para obras contratadas por administra��es municipais em meio a licita��es que teriam sido fraudadas. A suspeita � de que parte do dinheiro enviado �s cidades era desviada.
Na �ltima quarta-feira (30), o jornal O Estado de S.Paulo publicou informa��es de uma outra planilha apreendida pelo Minist�rio P�blico tamb�m na Opera��o Fratelli na casa do contador Ilso Donizete Dominical. No documento tamb�m aparecem nomes de pol�ticos - a maioria do PT -, associados a datas e valores supostamente repassados a eles em 2011. O montante atinge R$ 3,048 milh�es.