Peritos da Pol�cia Federal apontam diverg�ncias e incompatibilidades na compara��o da movimenta��o financeira da Focco Tecnologia, consultoria da qual o ex-diretor da CPTM Jo�o Roberto Zaniboni foi s�cio, com a evolu��o patrimonial da empresa e a declara��o de imposto de renda de quem contrata os seus servi�os de engenharia.
O laudo da Pol�cia Federal est� encartado nos autos do inqu�rito Siemens, que admitiu a exist�ncia do cartel em S�o Paulo e no Distrito Federal entre 1998 e 2008 ao Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade).
Dos R$ 57 milh�es, os investigadores afirmam que R$ 19 milh�es se referem a “novos recursos de terceiros” - o restante se tratava de “estornos, devolu��es, transfer�ncias entre contas da pr�pria empresa e outros”. Desses R$ 19 milh�es, os bancos n�o conseguiram informar aos federais a origem de 32% das movimenta��es. Dos R$ 13,4 milh�es identificados, R$ 8,5 milh�es foram creditados pelo governo paulista e R$ 2 milh�es vieram da Alstom, empresa suspeita de integrar o cartel.
Ap�s o exame das contas da Focco, o perito criminal Luiz Antonio C�ndido de Oliveira Filho comparou dep�sitos e transfer�ncias com declara��es de imposto de renda dos tomadores de servi�o da empresa. “Com exce��o de 2003 e 2009, observam-se diverg�ncias significativas, indicando que os valores declarados pelos tomadores de servi�o da empresa como pagos por servi�os prestados n�o correspondem ao que foi creditado nas contas da Focco”.
O advogado de Jo�o Roberto Zaniboni, Luiz Fernando Pacheco, nega haver incompatibilidade nas contas da empresa, que, diz ele, n�o apresenta aumento patrimonial indevido.