Os novos l�deres na C�mara dos Deputados neste ano - respons�veis por decidir a pauta de vota��es na Casa e orientar as bancadas nas vota��es - foram escolhidos pelas legendas para atender os interesses eleitorais das c�pulas partid�rias.
“O Vicentinho agrega na rela��o com os movimentos sociais e sindicais”, avalia o vice-presidente da C�mara, deputado Andr� Vargas (PT-PR). “Ele � uma lideran�a de primeira grandeza no movimento sindical.”
A escolha de Vicentinho, embora ainda n�o oficializada, mas � dada como certa pelas lideran�as petistas para substituir Jos� Guimar�es (CE) � frente dos 88 deputados petistas.
Ex-presidente do Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Bernardo do Campo e Diadema e da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vicentinho � encarado pelos sindicalistas como uma figura que pode levar as demandas do setor para o Legislativo ou mesmo para a presidente Dilma Rousseff, que tem sido criticada por ter abandonado a agenda das centrais. Um nome com ra�zes no sindicalismo � importante para o PT e para o governo num momento em que a segunda maior central sindical do Pa�s, a For�a Sindical, dever� apoiar o tucano A�cio Neves na sucess�o presidencial. Al�m do mais, ele integra um dos quadros do PT que passou imune ao esc�ndalo do mensal�o.
Se no PT a perspectiva � de estreitar o di�logo com as bases sindicais, entre os tucanos a elei��o do baiano Antonio Imbassahy tem por fun��o cimentar a constru��o da alian�a com o Democratas e ainda aumentar o poder de fogo da legenda no Nordeste, que deu � presidente Dilma Rousseff uma vantagem de 11 milh�es de votos em 2010.
Os tucanos apostam na boa rela��o de Imbassahy com o atual prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalh�es Neto (DEM), como uma ponte para garantir o tempo de televis�o dos Democratas ao senador A�cio Neves. A expectativa � que ACM Neto retribua o apoio dado pelo PSDB baiano no pleito por Salvador em 2012. “Essa rela��o do Imbassahy com o ACM Neto, al�m dos quatro prefeitos do Norte e Nordeste que temos, faz com que seja uma regi�o em que o PSDB poder� ter um desempenho bem melhor do que na elei��o anterior”, afirmou o presidente do PSDB paulista, deputado federal Duarte Nogueira. O PSDB � a terceira maior bancada da C�mara, com 45 deputados.
Com uma bancada bem menor do que as que estar�o por tr�s de Dilma e A�cio, de 24 deputados, o PSB de Eduardo Campos vai escolher o nome para conduzir a legenda na C�mara somente no in�cio de fevereiro. O posto deve ficar com o atual l�der, Beto Albuquerque (RS), ou com o presidente do PSB em Minas Gerais, J�lio Delgado, ambos pr�ximos ao governador de Pernambuco. “Qualquer que seja o nome escolhido vai ter muita rela��o com o Eduardo Campos”, disse o presidente do PSB paulista, deputado M�rcio Fran�a. “Ser� um momento especial para reverberar o projeto nacional do PSB no Plen�rio (da C�mara)”, acrescentou.
PMDB
O principal partido aliado da presidente Dilma Rousseff reconduziu o deputado Eduardo Cunha (RJ) � lideran�a da bancada no final do ano passado, refor�ando um nome que protagonizou diversos enfrentamentos com o governo no ano passado, sendo o mais cr�tico deles durante a tramita��o da MP dos Portos. Serve, assim, como um contraponto ao que � considerado por peemedebistas adesismo exagerado do vice-presidente Michel Temer ao tratar das quest�es partid�rias e eleitorais.
Com a vice nas m�os de Temer, o PMDB trabalha para eleger um n�mero de deputados maior do que no ano anterior e parlamentares ouvidos pela reportagem defendem Cunha por encampar as demandas da bancada na executiva nacional. “Ele (Cunha) se preocupa com os palanques locais e coloca as quest�es regionais acima de quest�es nacionais. Para aumentar a bancada ele precisa construir um projeto coletivo”, disse L�cio Vieira Lima, cacique do PMDB baiano. “O Eduardo Cunha tem acompanhado muito de perto e tem ajudado nas propostas para fortalecer os palanques regionais”, acrescenta Danilo Forte, deputado federal do PMDB cearense. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.