
Em reuni�o com lideran�as de jovens no Pal�cio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o momento eleitoral � prop�cio para a implanta��o de uma reforma pol�tica, destacando que os movimentos sociais devem sair �s ruas e se engajar nessa discuss�o. Dilma tamb�m prometeu que o Planalto n�o enviar� projeto de lei que criminalize os protestos nem aumente qualquer tipo de repress�o, conforme relatos de participantes da reuni�o.
"N�o pensem que conseguiremos a reforma pol�tica s� na rela��o entre governo e Congresso. � algo que exige a participa��o dos brasileiros para coes�o de for�as", afirmou a presidente na reuni�o, segundo relatos de participantes. A reuni�o n�o foi aberta � imprensa. "Sem a mobiliza��o de voc�s, n�o haver� reforma pol�tica. O momento eleitoral � de discutir a reforma pol�tica e � preciso que os movimentos sociais pautem essa reforma", ressaltou a presidente.
A reforma pol�tica foi uma das bandeiras defendidas pelo Pal�cio do Planalto em resposta �s manifesta��es que tomaram conta das ruas do Pa�s em junho do ano passado. Dilma prop�s um processo constituinte espec�fico, mas desistiu da ideia ap�s a avalanche de cr�ticas da oposi��o e da pr�pria base aliada. "A luta n�o se foca s� nos parlamentos, precisa de mobiliza��o das ruas", afirmou Dilma, que comparou o engajamento dos jovens ao movimento pelas Diretas J�. "Digerimos a ditadura indo � rua, indo � briga", disse, com �nfase.
Foram convidados para a reuni�o com a presidente representantes do Movimento Passe Livre, da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Fora do Eixo, Confedera��o Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Movimento Passe Livre (MPL). O encontro durou uma hora e meia.
Cr�ticas
Para Cledson Pereira, representante do Movimento Passe Livre, o governo ainda n�o apresentou respostas �s demandas apresentadas pelos movimentos. "A gente n�o acredita em reuni�o sem desdobramentos pr�ticos, desde a nossa �ltima reuni�o com a presidenta em junho do ano passado, a nossa pauta n�o avan�ou em nada", comentou.
"A PEC 90 que garante transporte como direito essencial est� parada no Senado, a proposta de tarifa zero, do custeio do transporte como um direito n�o avan�ou em nada e a gente enfrenta um aumento de passagens em quatro capitais do Pa�s e uma intensifica��o nas pol�ticas e projetos de lei para repress�o das manifesta��es com medo de uma nova jornada de junho", completou.
O governo desistiu de encaminhar ao Congresso um projeto de lei para conter a viol�ncia em protestos e vai endossar a proposta do senador Pedro Taques (PDT-MT) que j� est� pronta para ser votada na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado. Entre as propostas encaminhadas pelo governo que ser�o absorvidas no projeto do senador est� a obrigatoriedade de identifica��o do manifestante que usar m�scara.
"O governo se comprometeu que n�o enviaria nenhum projeto de lei que venha para aumentar qualquer tipo de repress�o em rela��o aos movimentos sociais", afirmou a presidente da UNE, Virg�nia Barros.
Com Ag�ncia Estado