
O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios (MPDFT) e promotores criminais de Taguatinga cumpriram o mandado de pris�o expedido pelo juiz Wagno Ant�nio de Sousa, da 2ª Vara Criminal de Taguatinga. S�o pelo menos cinco den�ncias contra Paulo Oct�vio, entre elas, corrup��o ativa e falsidade ideol�gica em documento p�blico.
As investiga��es come�aram no ano passado, com a deflagra��o da Opera��o �trio (leia Mem�ria). A investiga��o apura ind�cios de uma organiza��o criminosa que pratica a corrup��o de agentes p�blicos para violarem normas urban�sticas e ambientais referentes a v�rios empreendimentos imobili�rios em Taguatinga e em �guas Claras. Al�m da concess�o irregular de alvar�s, a constru��o dos im�veis provocou danos urban�sticos. Um dos empreendimentos investigados � o JK Shopping, em Taguatinga Norte, erguido pelas organiza��es Paulo Oct�vio. Segundo o MPDFT, a empresa dele teria apresentado uma planta com vagas fict�cias de estacionamento.
Habeas corpus
Um dos defensores de Paulo Oct�vio, o advogado Marcelo Turbay, disse ao Correio que vai entrar com um pedido de habeas corpus para soltar o cliente. “S� sabemos o que nos foi dito informalmente. � uma pris�o preventiva decretada hoje, ao fim da tarde. Diz respeito ao processo de Taguatinga. Vamos buscar saber exatamente os termos da decreta��o de pris�o e questionar judicialmente. Vamos buscar a liberdade do doutor Paulo o quanto antes. Vamos trabalhar para ele ser liberado amanh�. N�o h� hip�tese de pris�o (legal). Estamos muito seguros em rela��o a isso”, afirmou.
O empres�rio passou ontem, por volta da 0h, por exames no Instituto de Medicinal Legal (IML). A previs�o era de que passasse a noite no c�rcere do DPE.
Fraude em alvar�s
A deflagra��o da Opera��o �trio, pela Pol�cia Civil do DF e pelo Minist�rio P�blico, resultou na exonera��o de cinco administradores regionais nos �ltimos tr�s anos. Todos por suspeita de envolvimento em casos de mau uso do dinheiro p�blico. Os epis�dios mais recentes, ocorridos em novembro de 2013, terminaram com a pris�o do ex-gestor de �guas Claras Carlos Sidney de Oliveira, e do ent�o administrador de Taguatinga, Carlos Jales.
Eles s�o acusados de irregularidades na concess�o de alvar�s de constru��o a empresas. O primeiro a ser demitido do cargo na gest�o de Agnelo Queiroz foi Manoel Carneiro, de �guas Claras, em setembro de 2012. Ele contratou, sem licita��o, a gr�fica de um amigo para a confec��o de 250 mil gibis que teriam sido distribu�dos entre alunos da rede p�blica da cidade. Pagou R$ 1 milh�o com recursos p�blicos. Depois, foi a vez de Donizete dos Santos, exonerado do Itapo�, e, em seguida, de Neviton J�nior destitu�do da Administra��o de Santa Maria, em agosto do ano passado.
