(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Obras de duplica��o da BR-381 entre BH e Governador Valadares come�am a tomar forma

Em alguns trechos da rodovia � poss�vel ver terraplenagem da nova pista e t�neis que v�o substituir curvas acentuadas


postado em 01/07/2014 06:00 / atualizado em 01/07/2014 07:40

Quem passa pela estrada pode, enfim, observar a construção de túneis em Antônio Dias, no Vale do Aço (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Quem passa pela estrada pode, enfim, observar a constru��o de t�neis em Ant�nio Dias, no Vale do A�o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)

As obras de duplica��o da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, iniciadas em maio, come�am a ganhar forma e alimentam a esperan�a dos moradores das cidades pr�ximas � rodovia. Em pouco mais de um m�s dois t�neis foram iniciados, pr�ximo a Ant�nio Dias, no Vale do A�o, e em v�rios trechos entre Caet� e o trevo de Bar�o de Cocais m�quinas e caminh�es trabalham escavando terrenos e recolhendo a terra.

Ao observar as obras pr�ximas ao trevo que d� acesso a Bar�o de Cocais, Geraldo Batista de Nascimento, de 41 anos, acredita em dias melhores. Ele j� perdeu uma sobrinha e um tio em acidente na estrada, que � conhecida como Rodovia da Morte. Agora, com as obras da duplica��o, espera que a rodovia traga lucro. Geraldo deixou um pequeno com�rcio com familiares e foi contratado como caminhoneiro por uma empreiteira da obra para recolher a lenha derrubada para duplica��o.

“Terminei de construir uma pousada, onde cabem 60 pessoas, com 23 dormit�rios. Estou tentando alugar para alguma empreiteira. Espero conseguir R$ 50 mil por m�s”, calcula Geraldo. J� Raimundo Liberato Rodrigues, de 68, abandonou um bar que tinha em S�o Gon�alo do Rio Abaixo e arrendou um bar no trevo de Bar�o de Cocais. “Tenho duas funcion�rias e estou fazendo marmitex”, detalha Raimundo. Por enquanto o movimento � pequeno e s�o apenas 10 por dia, mas Raimundo calcula que pode fornecer at� 50, com arroz, feij�o, salada, batata frita e um tipo de carne, por R$ 8.

Perto da entrada para Barão de Cocais, máquinas fizeram o serviço de terraplanagem ao lado da pista(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Perto da entrada para Bar�o de Cocais, m�quinas fizeram o servi�o de terraplanagem ao lado da pista (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)


A obra que mais chama a aten��o de quem percorre a 381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares � a constru��o de dois t�neis. Um deles ter� 409 metros de extens�o e o outro, 432 metros. A previs�o � de que sejam conclu�dos em um ano e meio e o valor total do contrato � de R$ 56,95 milh�es. A duplica��o dos oito lotes da rodovia j� licitados envolver� 1.220 m�quinas e equipamentos, 29.120 toneladas de a�o e 48,2 quil�metros de metros quadrados em terraplenagem. Em rela��o � m�o de obra estimada pelas empresas, est� prevista a contrata��o de 5.729 trabalhadores e cerca de 14 milh�es de refei��es.

Eleitoral

A obra da 381 est� no centro do debate pol�tico em Minas Gerais. Se, por um lado, a presidente Dilma Rousseff (PT) poder� usar as obras na campanha, mostrando que atendeu a uma demanda hist�rica dos mineiros, por outro, a oposi��o, liderada pelo PSDB, aponta falhas. A principal delas � a aus�ncia de um projeto para duplica��o integral da 381, pois um trecho de 72,8 quil�metros entre Belo Oriente e Governador Valadares ficou de fora.

Para esse percurso est�o previstas melhorias, como a constru��o de uma terceira pista e recupera��o de trechos danificados. Quando esteve em Governador Valadares, em janeiro, a presidente Dilma admitiu que o trecho precisa ser duplicado para atender ao tr�fego crescente da regi�o. Ela prometeu a inclus�o de aditivos para que o trecho tamb�m seja duplicado. Por�m, a licita��o foi feita sem as modifica��es, o que rendeu pesadas cr�ticas do PSDB.

A duplica��o � uma reivindica��o hist�rica dos mineiros, mas nas �ltimas tr�s d�cadas o trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares n�o teve melhorias efetivas. A obra estava prevista no Plano de Acelera��o do Crescimento (PAC), que � uma das principais bandeiras da presidente Dilma, que quando ministra da Casa Civil do governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT), foi a principal respons�vel pela cria��o e gest�o do PAC.

O in�cio da obra estava previsto para 2012, por�m uma s�rie de atrasos com projetos e licen�as ambientais impediu o in�cio no prazo previsto. O �ltimo adiamento foi no final do ano passado, quando o Conselho de Pol�tica Ambiental (Copam), �rg�o do governo estadual, barrou o in�cio das obras, pois o projeto n�o previa compensa��o das �reas ambientais devastadas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)