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Estado de Minas

Ildo Sauer n�o aceita ser responsabilizado por Pasadena


postado em 24/07/2014 16:11

O ex-diretor de G�s e Energia da Petrobras Ildo Sauer disse ter ficado "perplexo" com a not�cia de que havia sido responsabilizado pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) pela compra, em condi��es desfavor�veis, da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Ele ainda n�o foi notificado formalmente pelo Tribunal e disse que entrar� em contato com a Petrobras para tomar as medidas cab�veis de defesa. "Vou tomar as provid�ncias necess�rias para ter o restabelecimento da verdade sobre a minha conduta", afirmou.

A principal reclama��o de Sauer � por ter sido responsabilizado ao mesmo tempo que o Conselho de Administra��o da empresa, na �poca presidido pela presidente Dilma Rousseff, foi isentado de qualquer penalidade. "O TCU excluiu o conselho de administra��o, mas toda decis�o de aquisi��o � do conselho, como est� previsto no estatuto da empresa. Sinto-me nas mesmas condi��es. N�o fiscalizava colegas. O meu alcance como membro do conselho da diretoria executiva era muito limitado", contestou.

Segundo Sauer, o resumo das condi��es de compra da refinaria, tema de tr�s reuni�es do conselho de administra��o em 2006, n�o trazia informa��es sobre as duas cl�usulas contestadas pelo TCU e tamb�m sobre a diferen�a do valor de aquisi��o da usina pela Astra Oil, vendedora da unidade para a Petrobras, e o de venda para a estatal.

A Astra Oil teria adquirido a refinaria por US$ 42,5 milh�es e vendido a US$ 360 milh�es. As duas cl�usulas - Put Option e Marlim - previam, respectivamente, que em caso de desacordo entre os s�cios, a outra parte, no caso a Petrobras, deveria ficar com o restante das a��es; e a garantia de retorno � Astra Oil de 6,9% ao ano.

"Toda documenta��o que recebi indicava que a aquisi��o estava absolutamente dentro das premissas do plano estrat�gico da empresa, que visava valorizar o �leo de Marlim (campo da Bacia de Campos, cujo petr�leo seria refinado em Pasadena) e atender ao mercado mais ativo da �poca, o do Golfo do M�xico (nos Estados Unidos)", argumentou o ex-diretor.

Ele lembra que, na �poca em que o neg�cio foi fechado, a Petrobras vendia o petr�leo de Marlim aos Estados Unidos com des�gio de at� US$ 10 d�lares e que, por isso, a melhor op��o seria refin�-lo j� no mercado norte-americano para vender o derivado, de maior valor agregado do que a mat�ria-prima, o petr�leo.

A documenta��o examinada pelo conselho de diretores, diz Ildo, foi a mesma apresentada ao conselho de administra��o e trazia pareceres jur�dicos, financeiros e socioambientais, que indicavam que o neg�cio era "altamente favor�vel � Petrobras".

Ele alega que, como diretor de uma �rea que n�o estava diretamente ligada ao neg�cio, n�o examinava diretamente o assunto. "A diretoria examina at� 50 pautas a cada reuni�o, toda quinta-feira. Cada pauta tem centenas de p�ginas. A obriga��o de cada dirigente � verificar se todos os procedimentos normativos foram seguidos. Naquilo de Pasadena, que me lembro, h� oito anos esse ritual foi cumprido adequadamente. Se fatos posteriores apareceram, n�o tenho como ser responsabilizado."

Como fatos posteriores, ele cita a inclus�o das duas cl�usulas questionadas pelo TCU, que teriam sido desfavor�veis � estatal - Put Option e Marlim. Afirma tamb�m que as condi��es prec�rias dos equipamentos adquiridos n�o estavam informados nos relat�rios relativos ao neg�cio. E se isenta tamb�m de posteriores compromissos adicionais ao contrato. Al�m disso, ressalta que, ap�s tantos anos, o cen�rio na ind�stria do petr�leo mudou, o que tornou a compra um mau neg�cio.


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